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Alô queridos!!!

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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Efeito do álcool no organismo

Atividade Física e Álcool
Antes de mais nada, o álcool é uma toxina, um veneno. Seu uso, mesmo em pequenas quantias, produz várias anomalias fisiológicas no corpo que diminuem a capacidade de força, resistência, recuperação e a capacidade de metabolizar gordura para energia. Ele é particularmente perigoso porque é um solvente bipolar, isto é, ele é solúvel na água e na gordura. Isso o permite penetrar em todas as células do corpo, principalmente as do sistema nervoso.
Sua ação no sistema nervoso central causa uma deteriorização severa. Mesmo em pequenas doses ele diminui a quantidade e a intensidade dos sinais excitatórios para os neurônios motores que estimulam a contração muscular, diminuindo a força muscular, além de provocar uma diminuição na coordenação mãos olhos (por isso não se deve guiar após beber).
As moléculas do álcool ficam no corpo um tempo bem maior do que se pensa ás vezes até por várias semanas.
A presença do álcool no sistema digestivo cria um ambiente que diminui a absorção de vários nutrientes na corrente sanguínea contribuindo principalmente para o estado de anemia.
Há pelo menos 30 estudos associando o consumo de álcool à hipertensão. Todos eles mostrando que a pressão arterial se eleva nos que consomem álcool e não apenas naqueles que bebem muito, mas também naqueles que fazem uso moderado da bebida. Há uma relação direta entre o consumo de álcool e o aumento da pressão arterial.
O álcool tem também um grande efeito negativo sobre o fígado. O fígado é o principal órgão responsável pela desintoxicação do álcool, de forma que quanto mais álcool entrar no sistema, mais estresse sobre o fígado, Uma exposição prolongada a grandes quantidades de álcool, danifica e destrói as células do fígado. Sua ação é prejudicial ao fígado não apenas porque ele é tóxico, mas também porque ele é diurético. O álcool inibe a liberação de HAD, hormônio antidiurético, de forma que a água é "descarregada" do corpo em grandes quantidades (já pensaram em bares sem banheiros? Como iria ser?).
Finalmente, um produto final da desintoxicação do álcool pelo fígado é o ácido lático. Quando o fígado é forçado a tratar de grandes quantidades de álcool pode resultar numa condição de acidose lática. Esse acúmulo de ácido lático não apenas interfere com a função muscular, como também inibe a excreção renal de ácido úrico através dos rins, resultando num estado chamado hiperuricemia. Essa condição resulta problemas como dores nas articulações.
As mudanças acima descritas ocorrem penas nas pessoas que bebem muito. Alguns drinques ocasionais, o chamado "beber socialmente" não têm conseqüências negativas para a maioria das pessoas saudáveis.

FONTE BARBANTI, V. J. - Aptidão física: um convite à saúde. São Paulo, Ed. Manole Ltda., p 103-105; 1990;




quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Caminhando rumo a uma vida equilibrada

Caminhada por Marcela Delphino

MUITOS BENEFÍCIOS E POUCAS EXIGÊNCIAS, AS CAMINHADAS SÃO ALIADAS DA BOA FORMA E DO BEM-ESTAR.

As caminhadas não exigem equipamentos especiais e podem ser feitas em diversos lugares, então, o que você está esperando para calçar os tênis e começar essa atividade física tão simples e completa? O que não vale é passar horas perambulando pelo shopping. “Para obter os benefícios da caminhada é preciso dar ênfase no que está fazendo e ter objetivo”, afirma Eliane Jany Barbanti, educadora no Centro de Práticas Esportivas (Cepe).

“Para obter os benefícios da caminhada é preciso dar ênfase no que está fazendo e ter objetivo”Eliane Jany Barbanti
Quando a pessoa presta atenção no que está fazendo e tem uma orientação, começam a ser consideradas a frequência, a duração e a intensidade do exercício. “Esses parâmetros levam a uma zona de treinamento adequada e a caminhada passa a ser uma atividade física”, explica Eliane. Visando à segurança e aos ganhos cardiovasculares do exercício aeróbio, a intensidade deve estar entre 60% e 80% da máxima frequência cardíaca, de acordo com a idade. A freqüência deve ser de, no mínimo, três vezes por semana e a duração de quinze a sessenta minutos. Os resultados, aumento da resistência cardiorrespiratória, perda de peso, entre outros, só são alcançados se a prática for contínua.
“Tenho diabetes e pressão alta, caminhar foi uma indicação médica. Além disso, o exercício me distrai e me faz sentir jovem”, conta Josefa Francisca da Silva Ferreira, técnica de laboratório no Instituto de Geociências, que caminha há vinte anos. “Se feita corretamente, a caminhada estimula o coração, os pulmões e todo o sistema circulatório”, afirma Eliane. Fora os benefícios físicos, a caminhada promove diminuição do estresse e controle da ansiedade.
“A absorção de oxigênio atua sobre os neurotransmissores na liberação de endorfinas, isso gera a sensação de bem-estar”, explica Eliane. “Numa zona de treinamento adequada, depois de 20 minutos, o corpo automaticamente começa a liberar esses neurotransmissores, que é o que falta em quem tem depressão”, completa a educadora, que coordena o grupo de Atividade Física e Depressão no Cepe. “Só a medicação não é suficiente para mim, necessito de atividade física”, afirma Veni Maria Andres Felli, professora de química farmacêutica na Faculdade de Ciências Farmacêuticas e participante do grupo. foto:Francisco Emolo “A caminhada é um bom exercício para mim, que fico na mesma posição muito tempo por causa da profissão”, completa Veni, que considera caminhar um prazer.>Embora sem grandes exigências, a caminhada deve ser acompanhada de alguns cuidados básicos. É importante que se faça um alongamento antes, especialmente dos membros inferiores, além disso a coluna deve permanecer reta, o olhar para frente e a barriga contraída. “É uma atividade espontânea, não precisa de um local exclusivo, pode ser feita em um bosque, numa pista, numa praia, em lugares de terreno irregular. Sem os alongamentos, que são fáceis de memorizar, você pode se machucar”, alerta Eliane.
“A caminhada é um bom exercício para mim, que fico na mesma posição muito tempo por causa da profissão” Veni Maria Andres Felli
“A caminhada faz com que eu durma melhor e tenha mais disposição; ainda, mantém o condicionamento físico, equilibra e enrijece o corpo”, afirma Maria do Socorro Bezerro Rocha, bibliotecária no Instituto de Ciências Biomédicas, que costuma caminhar pela manhã. Durante o exercício, as pessoas não devem estar de estômago vazio e a hidratação tem de ser constante. Os tênis devem ser bons, com algum amortecimento, mas não precisam ser sofisticados. Se a pessoa sentir algum mal-estar não deve forçar, mas parar imediatamente. Não existe um horário ideal para se exercitar, cada pessoa tem seu relógio biológico e isso deve ser respeitado.
O Espaço Aberto é uma publicação mensal da Universidade de São Paulo produzida pela CCS - Coordenadoria de Comunicação Social. Todos os direitos reservados®e.mail: espaber@edu.usp.br

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O corpo fala

O corpo fala quando:
  • O resfriado corre quando o corpo chora.
  • A dor de garganta surge quando não é possível comunicar a aflição.
  • O estomago arde quando as raivas não conseguem sair.
  • O diabetes invade quando a solidão dói.
  • O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
  • A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
  • O peito aperta quando o orgulho escraviza
  • O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
  • As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
  • A pressão sobre quando o medo aprisiona.
  • As neuroses paralisam quando a “criança interna” tiraniza.
  • A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
  • A alegria aparece quando o perfeccionismo fica intolerável
Escolha o que falar, com quem, onde, quando e como.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Ataques de pânico não são comuns como parecem

Entre dez e 15% das pessoas experimentam um ataque pelo menos uma vez na vida.
Um ataque de pânico é, no mínimo, uma experiência muito desagradável. É muito mais intenso do que sentir ansiedade ou sentir-se estressado, por exemplo. Se você nunca teve um ataque de pânico considere o que você sentiria se fosse repentinamente acometido por um terror intenso e irracional. Seu coração começaria a bater fortemente, você teria dificuldade de respirar e sua mente ficaria confusa com um senso de perda de controle. E para fazer as coisas ainda piores, você não entenderia porque cargas d?água você começou a se sentir assim, porque um ataque de pânico o "tira do ar? sem nenhuma causa imediatamente explicável.
O que é
Uma resposta intensa do organismo que atua nos mecanismos de "fuga ou luta" de uma pessoa e a faz sentir as mesmas sensações físicas e emocionais de como se sua vida estivesse em perigo, mesmo que não haja nada a temer no momento do ataque.
Sintomas
Palpitações, taquicardia ou aceleração cardíaca acima da média, transpiração, tremores, dificuldade respiratória, sensação de respiração curta, dor no peito ou desconforto, terror paralisante, náusea ou distress abdominal, tonturas, desorientação, instabilidade, fraqueza e parestesias, sensações de adormecimento e latejamento, arrepios ou calores repentinos, sensação de irrealidade ou despersonalização, desligamento de si mesmo, medo de perder o controle ou de estar ficando louco, medo de morrer, forte sentimento de querer escapar.
Um ataque de pânico atinge o máximo de sua intensidade entre um a dois minutos e persiste durante a próxima meia hora ou mais. Outros ataques podem ocorrer várias vezes por mês e podem ser tão severos quanto o ataque inicial.
Causas
Muitos fatores podem contribuir para o advento de um ataque de pânico:

  • hiperventilação (desequilíbrio entre a entrada do oxigênio e a saída do gás carbônico) por uma maneira de respirar errada;
  • uma etapa de transição na vida da pessoa pode ser precedida por um ataque de pânico, principalmente o ataque inicial;
  • histórico de um Trauma emocional, mesmo se ele não está relacionado, pode estar por trás de alguns tipos de ataques;
  • alguns tipos de doenças e ingestão de substâncias, como a cafeína e algumas drogas ingeridas sem controle médico podem provocar o pânico.
Ataques de Pânico não são comuns. Dez a 15% das pessoas experienciam um ataque pelo menos uma vez durante suas vidas. Os sintomas de um ataque de pânico podem ser confundidos com os de um ataque cardíaco: sofredores frequentemente chegam aos pronto-socorros no seu primeiro ataque temendo estar tendo um ataque do coração. Sentem-se envergonhados sobre suas condições que podem ser reforçadas por atitudes preconceituosas e mal informadas de cuidadores da saúde, amigos e familiares que avaliam o problema como sendo "tudo da sua cabeça" minimizando o problema. Por essa razão, muitos sofredores da síndrome evitam discutir o problema com profissionais da saúde diminuindo suas chances de serem encaminhados para um tratamento efetivo.
Quando o pânico se torna freqüente, pode destruir a vida cotidiana, o trabalho, as relações, a
auto-estima de uma pessoa. A Síndrome do Pânico raramente é resolvida sem tratamento. A conseqüência maior de uma Desordem do Pânico sem tratamento é o aparecimento de uma fobia crônica que complica ainda mais a vida do sofredor. Ele passa a evitar o lugar de trabalho, lugares públicos e mesmo sair de casa (agorafobias) na esperança de evitar ter o ataque. The American Psychological Association se reporta às pessoas que sofrem de Síndrome de Pânico como pessoas propensas ao alcoolismo, ao uso abusivo de drogas e a um grande risco de suicídio, a uma perda significativa da qualidade de vida, perdendo muito tempo em emergências de hospitais, diminuindo sua atividades físicas e esportivas, atividades que lhes dão prazer, tornando-se dependentes financeiramente de terceiros, sendo menos saudáveis física e emocionalmente que as pessoas que não sofrem de nenhum mal, perdendo sua autonomia e a capacidade de dirigir suas vidas.
A boa notícia
Uma nova abordagem para eliminar o pânico foi desenvolvida pelo Terapeuta Bioenergético Ron Robbins, PhD, chamado Integração Rítmica. Dr. Robbins esteve no Brasil em setembro de 2006, ministrando workshop sobre este tema. O Projeto da Integração Rítmica apresenta um método rápido para reduzir os ataques de pânico, representando um avanço no tratamento dessa condição. A razão do seu sucesso, e o que faz dele algo diferente dos outros métodos, é que ele identifica a reação corporal que desencadeia o ataque, reduzindo drasticamente a freqüência dos ataques de pânico. Uma vez identificada a causa inicial que desencadeia o ataque, o pânico não pode continuar a se desenvolver. O terapeuta ajuda o paciente a se tornar consciente desses primeiros sinais e então ele é levado através do processo da Integração Rítmica a interromper o padrão do ataque de pânico e a se prevenir dos ataques se ocorrerem novamente. Através desse método, uma vez identificada a causa, o próprio indivíduo passa a ter controle sobre suas crises, podendo reduzi-las à freqüência zero no prazo de um ano (segundo demonstram as pesquisas). O método não requer o uso de nenhum tipo de medicamento.
Fonte:
Dra Rebeca Especialidade: Psicologia Msn Minha vida

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Exercício físico e saúde


O discurso bionegizante analisado anteriormente afirma que o exercício físico melhora as condições de saúde dos indivíduos uma vez que diminui as doenças, aumenta a expectativa de vida, melhora o bem-estar, eleva a autoestima, etc.
Embora tais pressupostos tenham respaldo científico, não estamos convencidos de que a visão estritamente biológica seja suficiente para esgotar o assunto. “Saúde” não pode ser reduzida a uma relação biológica de causa e efeito. O homem é um ser histórico e, como tal, as questões que lhe dizem respeito devem considerar tal situação. Nesta perspectiva ampliada, a questão da saúde ganha novos contornos.
Estudos acerca dos efeitos do exercício físico regular sobre os indicadores de saúde tendem a realizar uma leitura unívoca. O Dicionário de Ciências Sociais afirma que, desde os gregos, sabia-se que a saúde resultava de um equilíbrio entre o indivíduo e o ambiente. Teorias que prevaleceram no Ocidente a partir do século XIX, resultantes das descobertas de Pasteur e de Koch na bacteriologia, foram responsáveis por esta concepção individualista e mecânica da doença.
Pensamos que uma discussão mais adequada sobre o tema deva inseri-lo em um contexto sócio-histórico mais amplo, o qual é resultado de diferentes formas de organização social.
Diferentes perspectivas, que não se restringem à visão biologicista, buscam apreender a complexidade e as inúmeras relações envolvidas na discussão sobre a saúde.
Ela pode ser vista tanto como ausência de doença, como completo bem-estar físico-psíquico-social (no sentido da Organização Mundial da Saúde). Ou a capacidade de superação de dificuldades físicas, psíquicas, sociais, culturais e simbólicas ou ainda como um padrão normal de comportamento, que se oporia àquele definido como “patológico” (Questão muito bem explorada pelo sociólogo Émile Durkheim no livro As Regras do Método Sociológico, cap.2).
Marilena Gentil, por sua vez, resgata o conceito de “campo de saúde”, proposto pelo canadense Marc Lalonde, o qual propõe quatro amplos componentes, que interagem entre si: a biologia humana, o meio ambiente, o estilo de vida e a organização da atenção à saúde. Estes seriam os componentes identificados nas causas e fatores básicos de morbidade e de mortalidade.
Na década de 70, lembra Gentil, a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários da Saúde, reunida em Alma-Ata, em seu capítulo 1, reafirma que a saúde corresponde a um “estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade”.
O Dicionário de Ciências Sociais, editado pela Fundação Getúlio Vargas, vê a saúde como a interação de vários fatores - o doente é interpretado como um “organismo total num cenário complexo” (Dicionário de Ciências Sociais, p.1100).
Este enfoque privilegia dois pontos de vista:
Como a saúde e seu oposto, a doença, é entendida em cada cultura.
Tomando como sua causa - ou do seu oposto - a relação entre o indivíduo e o ambiente
Assim como a discussão sobre a saúde envolve a dimensão biológica, social, cultural, econômica, também deve ser considerado o bem-estar mental do indivíduo. Crises decorrentes do sentimento de perda, frustração, despersonalização, alienação, anomia são elementos fundamentais no processo de construção da saúde. Devem ser considerados na análise deste assunto.
A contribuição da Antropologia também é bastante significativa neste debate. Segundo esta ciência, “todo indivíduo possui mecanismos adequados de interpretação do fenômeno da doença e da morte que visam não só a reafirmar os valores de uma dada unidade social e torná-los aceitáveis aos parentes, mas também a propor orientações para a ação curativa ou preventiva” (FGV - autor).
Houve quem mostrasse a semelhança entre a concepção infecciosa da doença causada por germes que se estabeleceu nos séculos XIX e XX e a idéia de possessão demoníaca ou penetração de espíritos em vigor na civilização ocidental durante a Idade Média e em comunidades primitivas e camponesas.
Faz pouco sentido centrar a idéia de saúde na dimensão estritamente orgânica, física ou biológica. “Saúde” não é um conceito universal, ao contrário, varia sob distintas condições sociais. (Ela se refere a um processo, o qual resulta das possibilidades sociais, culturais, econômicas, políticas, por exemplo, acesso ao trabalho, aos serviços de saúde, à moradia, à alimentação, ao lazer).
Falar sobre a saúde significa perguntar sobre quem tem acesso a ela. Sua promoção está vinculada ao desenvolvimento econômico e à distribuição de renda. A incidência de doenças varia segundo a classe social, o grupo étnico, o universo urbano e rural, a constituição da família, o desempenho dos diferentes papéis sociais, os processos de socialização, a violência, as condições de trabalho.
Há uma relação bastante estreita entre as doenças e as novas necessidades introduzidas pela sociedade industrial. A dinâmica deste universo faz emergir novas questões e demandas - o discurso ecológico, a disseminação das perturbações mentais, as dificuldades de acesso aos bens e serviços, os problemas de comunicação, o aumento da competitividade, questões que direta ou indiretamente relacionam-se ao mundo da saúde. “A existência humana não mais é incorporada num universo significativo, mas resulta numa atitude instrumental reforçada e interiorizada por um sistema social baseado na funcionalidade, na eficácia, na produtividade e no lucro”. (Dicionário de Ciências Sociais, p. 1100).
Na visão de Gentile, a promoção da saúde corresponde a um processo que permite às pessoas adquirir maior controle sobre sua própria saúde e, ao mesmo tempo, procurar melhorá-la. A autora conceitua saúde como a magnitude em que um indivíduo ou grupo podem, por um lado, realizar suas aspirações e satisfazer suas necessidades e, por outro, mudar seu entorno ou enfrentá-lo. Percebe-se neste conceito a preocupação em resgatar a dimensão e articular as dimensões sociais, pessoais e físicas.
Palma (2001) cita o trabalho de Rosengren, Orth-Gomer e Wilhelmsen (p.30) o qual mostra, a partir de dados suecos, que a mortalidade é três vezes maior nos trabalhadores não-qualificados do que nos gerentes e altos funcionários. Verificaram, também, que as baixas classes ocupacionais associaram-se com a alta prevalência do fumo, baixa integração social, baixo suporte emocional e baixa capacidade de percepção da própria saúde.
Conceber a saúde de um ponto de vista divorciado das relações de poder significa incorrer em uma leitura ingênua do mundo social.
A sociedade capitalista moderna enfatiza o consumo, a competitividade e o individualismo. Cabe refletir acerca da concepção de saúde imperante nesta sociedade.
Na sociedade de consumo atual, onde o papel desempenhado pelos meios de comunicação de massa é da maior importância, como se coloca o problema da saúde dos indivíduos? Assiste-se hoje, na televisão, nos jornais e em revistas, a uma verdadeira veneração pelo corpo esculpido, belo e sedutor. Este padrão corporal é produzido e difundido pelos veículos de comunicação. Valoriza-se a aparência, a sedução, o fascínio. “A imagem corporal resulta tanto da experiência motora, quanto, e talvez, sobretudo, da sensibilidade sexual motivada pelos desejos, prazeres e sonhos” (Palma, 2001:26).
Seja como objeto, mercadoria ou força de trabalho, o corpo é moldado e aperfeiçoado, tornado apto à produção, domesticado para favorecer o aumento da produtividade (as ginásticas nos locais de trabalho sempre foram acompanhadas do discurso da saúde). As estratégias de venda do corpo, com o surgimento de novos produtos e de novas necessidades, tornam-o, cada vez mais, um produto privilegiado da lógica industrial. Pensemos na formação profissional voltada para a iniciativa privada, onde proliferam as academias, os hotéis, os clubes (lembremos o personal training) os quais reproduzem incessantemente a política voltada para o consumo e para os interesses das indústrias de cosméticos, de equipamentos, de beleza, de lazer.
Palma (2001:27) afirma que embora os discursos empregados utilizem a saúde como aspecto legitimador, a utilização das diferentes técnicas de treinamento físico tem uma preocupação maior com a estética corporal. Cabe questionar se estas estratégias se desenvolvem para melhorar a qualidade da educação física ou se constituem, apenas, em estratégias de mercado. Basta um breve olhar nas dimensões assumidas pelo mercado do corpo, sob a forma de revistas, cirurgias plásticas, programas televisivos, etc.
A lógica do mercado determina o estilo de vida considerado “saudável” bem como os padrões de comportamento e os modelos de corpo que devem ser vendidos e consumidos pelas diferentes classes sociais. A questão parece-nos, estar antes fortemente dominada por um viés ideológico do que, necessariamente, por indicadores de bem-estar e de saúde.
Os programas de promoção da saúde, em larga medida, veiculam interesses eminentemente econômicos, tendo em vista que pessoas com estilos de vida saudáveis aumentam a eficiência e a produtividade do trabalho, reduzindo o absenteísmo, o que garante às organizações o corte de gastos e a otimização de lucros.
FONTE 
 Assunção, O. T.; Morais P.P.; Fontoura. Relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida. Revista Digital - Buenos Aires - v-8 - no. 52 - Setembro de 2002.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Tabagismo e exercício físico

Alguns estudos relatam a interação entre as dependências e atividades físicas.
Estudo feito na Inglaterra investigou o comportamento de fumantes, num contexto de interação entre saúde, exercício e busca de tratamento médico utilizando um modelo microeconômico.
O estudo descobriu que fumantes de longo tempo tendem a ter um incentivo a mais para manter ou melhorar a saúde. Foi descoberto que eles tendem a utilizar mais serviços médicos e serem mais ativos na prática de exercícios físicos.
O estado de saúde não afeta as decisões de fumar ou não. Incentivar para parar de fumar podem ser preventivos ou curativos dependendo do estado de saúde. A dependência dos fumantes leves pode ser quantitativa e qualitativamente diferente dos fumantes pesados.
Nos Estados Unidos foi investigado (Steptoe, Rink, Hilton, 2001) o impacto de aconselhamento nos estágios de mudanças de comportamento nas ingestões de gorduras, atividade física, e fumar, nos adultos com maior risco de doenças coronárias.
Concluiu-se que um breve aconselhamento para modificações de comportamento pode ser valioso para encorajar modos de vida mais saudáveis entre pacientes primários com aumento de risco de doenças cardiovasculares.
Outro estudo americano, feito a respeito da abstinência do uso da maconha nos usuários mantidos em seus ambientes familiares, validou vários efeitos específicos da abstinência em fumantes pesados. Foi demonstrado que os efeitos parecem ser similares ao tipo e magnitude dos observados em estudos sobre parar o uso da nicotina.
Estudo comparativo dos resultados foi encontrado no teste realizado com mulheres jovens (QUEIROGA; ACHOUR, 2006), embora com objetivos distintos, o estudo investigou os efeitos do cigarro na freqüência cardíaca (FC) em repouso (FCrep), em esforço (FCesf), na máxima (FCmax), em recuperação (FCrec), de reserva (FCres), e submáxima (FCsub), numa amostra (N= 16) mulheres jovens. O teste foi feito com um ciclo ergômetro Biotec 1800 e um frequencimetro polar para acompanhamento da freqüência cardíaca. O comportamento da FC durante a realização dos testes com cigarros demonstrou valores significativamente superiores para a (FCrep), (FCesf)e (FCrec), quando comparado aos testes realizados sem cigarros.
Por sua vez valores médios mais baixos, porém não significativos, foram verificados para FCmax e de FCres, no teste em que as avaliadas fumaram.
Os dados apresentados demonstraram evidências de uma melhora no comportamento da FC nos esforços em que as jovens não fumaram.
FONTES
QUEIROGA M. R., ACHOUR, A. J. Efeitos do cigarro no comportamento na freqüência cardíaca de mulheres jovens. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde; v.10, n.4, 2005.
STEPTOE, A; .KELLY, S; RINK, E; HILTON, S. The impact of behavioral counseling on stage of change in fat intake, physical activity, and cigarette smoking in adults at increased risk of coronary and cigarette smoking in adults at increased risk of coronary disease. Am j Public Health; 91 (2): 265-9 2001.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Motivação para exercitar-se

O que significa motivação?
Energia, necessidade, desejo que regula a direção, intensidade e persistência do comportamento e é dirigida a certos objetivos.
É aquilo que dá energia, direciona, mantém e sustenta um comportamento.
O termo é usado para os estados e processos psicológicos conscientes e inconscientes, hereditários e aprendidos que na linguagem comum é descrito pelos termos: afeto, motivo, necessidade, urgência, atitude, sentimento, interesse, desejo, vontade etc. A motivação ocorre antes, durante e depois da atividade esportiva.
O que é motivo?
Motivo é qualquer fator que estimule ou contribua para um esforço consciente em direção a uma meta. Estes fatores são importantíssimos para quem faz qualquer atividade, pois você tem sempre que ter um objetivo e se empenhar para alcançá-lo.
Não espere a doença chegar. Pratique exercícios físicos a partir de agora!Assim, muitas pessoas, principalmente as que não gostam de fazer exercícios, apesar de saberem a necessidade que temos de fazê-los para termos uma vida saudável, precisam de um fator motivante para arrumar um tempinho e se exercitar com regularidade.
  • Sem dúvida estes fatores variam de pessoa para pessoa. Mas, no geral, os que tem dado mais resultados são:
  • Fazer aulas com um Personal Trainer.
  • Doenças já adquiridas. É impressionante como as pessoas preferem chegar à doença para mudar o estilo de vida.
  • Conhecimento dos benefícios do exercício.
  • Se exercitar com um amigo.
  • Fazer exercícios com rádio, TV e outro fator motivante.
  • Algumas pessoas preferem o silêncio.
  • Fatores estéticos.
  • Prazer conquistado.
  • Elogios adquiridos.
Há outros fatores importantes. Estes têm funcionado muito bem. Este tema é muito vasto. Recentemente, recebemos um texto de uma das assinantes que vem de encontro com este tema. Passamos a vocês um texto enviado pela assinante Bibica sobre este fator indispensável a todos nós e principalmente para você que está começando e não gosta de fazer exercícios:
Dez dicas para você se sentir motivado a se exercitar diariamente.

1. Conhecer os benefícios dos exercícios físicos : nós somos mais motivados a fazer coisas que serão benéficas para nós. Quanto mais nós nos beneficiamos, mais nós ficamos entusiasmados. Por exemplo, se eu dissesse para você que te daria um milhão de dólares para você caminhar 30 minutos amanhã de manhã, você aceitaria? É lógico que você aceitaria! As vantagens do exercício não são tão convincentes como essa, mas elas são de grande estímulo! Você irá se beneficiar tremendamente do exercício consistente. Para muitas pessoas isso é muito motivante.
2. Crie sua lista pessoal de razões: deixe um pedaço de papel e uma caneta próximos de você por alguns dias. Anote CADA motivo que você lembrar para você querer ficar saudável, com um bom preparo físico e perder peso através de exercícios consistentes. Exemplo vida real: eu falei com uma senhora, há alguns meses atrás, que só conseguia encontrar duas razões para perder peso e ficar em forma. Eu pedi a ela que pensasse sobre o assunto por mais alguns dias, e ela trouxe uma lista com mais de 30 razões, dentre elas:

  • Ter mais energia para passar um tempo valioso com sua família à noite.
  • Ser capaz de vestir todas as roupas do seu armário.
  • Ser capaz de desfrutar uma vida longa e saudável.
  • Ter tempo com suas crianças, seu marido e seus netos (eventualmente).
  • Não se sentir desconfortável em público.
  • Não ficar sem fôlego ao subir escadas.
  • Ser capaz de fazer coisas "agitadas" com sua família e amigos.
  • Ser capaz de brincar no chão com suas crianças.
  • Ser capaz de vestir roupas bonitas.
A lista dela continua, mas você pegou a idéia.
Faça uma lista longa, extensa. Isto pode não parecer importante, mas é crítico você poder ler esta lista quando sua motivação para exercitar está diminuindo. É um modo poderoso para se sentir "re-motivado" rapidamente!
3. Se exercite com um amigo. Segundo as estatísticas, pessoas que fazem exercícios com amigos são mais bem sucedidas em se exercitar consistentemente. Você pode deixar cada um responsável. Saber que alguém espera por você para se exercitarem juntos pode ser uma grande motivação para você aparecer e concluir seu exercício!
4. O exercício deve ser a primeira coisa pela manhã, todas as manhãs. Se você está levando a sério essa história de se exercitar, então aja com seriedade sobre o assunto. Nossos corpos foram feitos para serem ativos em uma base diária e quando nós estamos ativos, todos os tipos de coisas maravilhosas acontecem. Nós conseguimos até saúde e boa forma! As pessoas que se exercitam de seis a sete dias na semana, sendo o exercício a primeira coisa que elas fazem pela manhã, são mais bem sucedidas em se exercitar consistentemente, do que aquelas que o fazem dois ou três dias por semana. Não precisa ser um treinamento gigantesco todos os dias. Vá lá fora e ande 30 minutos.
5. Treine para uma caminhada local de 5km ou 10km ou corrida na sua região. Isso pode ser uma grande motivação para o exercício numa base regular. Eu tenho visto muitas pessoas se transformarem de viciados em televisão em magros, quer dizer, máquinas de exercício, porque elas decidiram entrar e treinar para uma competição como esta. Não pense que você não consegue. Você pode fazer isso sim!
6. Dê uma recompensa a si mesmo! Exemplo da vida real: Claire, de Atlanta, me disse que ela colocava $3 no cofrinho toda vez que ela se exercitava. Ela se deu a liberdade para gastar esse dinheiro em coisas que ela normalmente não compraria para si mesma. Ela disse que freqüentemente acabava tendo mais de $70 por mês!
7. Anote seus recordes: Anote seu tempo de exercício (em minutos) a cada dia. Anote o total de corrida para o mês e o ano. Calcule sua média de tempo de exercício por dia. Use algum grande objetivo.
8. Faça com que seu exercício seja o mais agradável possível. Por exemplo, se você caminha, você pode querer começar com um bom cassete ou CD player para ouvir música etc. Se você se exercita dentro de casa, você pode ver TV enquanto faz exercício. Por outro lado, você pode justamente preferir paz e tranqüilidade. Faça o que for para tornar o exercício mais agradável para você. Vai ser muito mais provável você se exercitar consistentemente se você gostar disso.
9. Use tênis apropriados para o exercício que você está fazendo. Ferimentos afetam seriamente sua motivação para os exercícios. A maioria das pessoas, especialmente aquelas que caminham e correm, usam seus tênis por muito tempo. Tênis gastos causam maior propensão a ferimentos.
10. Veja os resultados e receba elogios. Isso é realmente motivante! INVISTA NISTO!
Fonte:
Cyber Diet
por Valéria Alvin Igayara de Souza
CREF 7075/ GSP
Especialista em treinamento.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Considerções gerais sobre a depressão e exercício físico

A depressão é um transtorno de humor que engloba uma variedade de distúrbios psicológicos.
Pode ser recorrente ou crônica e até levar a morte.
O Programa de Atividade Física como Complemento ao Tratamento da Depressão oferece exercícios físicos para indivíduos que apresentem quadro clínico com episódios depressivos leves e moderados, que estejam tomando medicamentos para depressão.
A prática de exercícios e a intervenção medicamentosa têm sido utilizadas simultaneamente no tratamento da depressão. Evidências científicas indicam não haver riscos adicionais para a saúde quando os exercícios físicos são associados ao tratamento medicamentoso, desde que estes estejam sob supervisão médica apropriada.
Tipos de Depressão
A Depressão pode se manifestar como Depressão Típica ou Depressão Atípica. A Depressão Atípica é uma maneira disfarçada da Depressão se apresentar. Isso acontece, normalmente, naquelas pessoas que não se permitem sentimentos sem motivo e, apesar de já terem ido à muitos consultórios médicos com as mais variadas queixas e de terem feito inúmeros exames, continuam achando que a medicina ainda não conseguiu descobrir a causa de seus problemas.A Depressão Típica, por sua vez, se manifesta com todos os sintomas emocionais típicos, tais como apatia, desinteresse, tristeza, desânimo, etc. A Depressão pode ser entendida como um estado afetivo rebaixado. Portanto, o que mais se constata na Depressão Típica é um cansaço ou inibição das atividades físicas e psíquicas tal como se houvesse uma perda de energia geral. Para as pessoas deprimidas todas as atividades parecem mais cansativas, difíceis e tediosas. Há um comprometimento do ânimo geral para tudo, inclusive para as atividades que deveriam dar prazer.
Veja mais em Tipos de Depressão

EXERCÍCIO FÍSICO E DEPRESSÃO

•Os períodos de aquecimento como os de resfriamento sempre são as diretrizes de segurança adotadas.
•A intensidade leve e moderada são as mais indicadas para reduzir os sintomas depressivos.
•A variabilidade individual no condicionamento e na adaptação sempre dita a progressão da atividade.
•O exercício é uma sub-categoria das atividades físicas de tempo-livre; onde há uma: organização, estruturação e repetição de movimentos corporais.
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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Praticando a meditação

O mundo de hoje invade nosso cotidiano e até mesmo nossos momentos de descanso e prazer com pressões e cobranças que se acumulam, tumultuando nossa mente.
Torna-se cada vez mais difícil voltarmos para dentro de nós mesmas e visualizar a causa de nossas angústias, mas você pode recorrer a técnica da meditação para obter mais equilíbrio.
Os benefícios que a prática da meditação pode trazer são muitos: na superação de conflitos pessoais e de relacionamento, na cura de certas enfermidades como a depressão, na iniciação e desenvolvimento espiritual e, também, para eliminar alguns quilinhos.
A meditação direciona nossas energias para a purificação de nosso corpo e de nossa mente.
A meditação exige prática, paciência. Mas, o próprio ato de meditar gera cada vez mais paciência, o que importa é que você estará indo ao encontro da parte mais bonita, acolhedora e produtiva de você mesmo – a sua porção feita de luz.
Através da meditação vivenciamos uma beleza interior que nos faz repensar em tudo o que nos rodeia e a nós mesmas. Ao utilizar e direcionar nossas energias para a purificação de nosso corpo e de nossa mente descobrimos o desenvolvimento de nossa espiritualidade.
E tudo começa fechando os olhos, relaxando os músculos, tranqüilizando a respiração.
Agora vamos ao trabalho.
Procure ajudar sua mente a buscar o que mais quer.
Se o objetivo é emagrecer, ou eliminar a depressaõ entre em estado de relaxamento um local tranqüilo, coloque uma música suave e comece observando sua respiração.
Você pode ler todo o exercício antes e depois ir seguindo-o mentalmente, ou pode pedir para alguém ler para você, escolha o que for melhor.
Deite em um local tranqüilo, com pouca luz.
Respire tranqüilamente, sem pressa.
A cada respiração, deixe-se ir mais fundo, mais fundo, mais e mais fundo.
Desligue-se de todos os barulhos externos...
Observe apenas sua respiração, está ofegante ou tranqüila?
Respire sem pressa, tranqüilamente.
Vá relaxando cada músculo do seu corpo, começando pelos pés.
Volte sua atenção para seu pé direito, depois o esquerdo e relaxe-os.
Solte suas pernas.
Relaxe o quadril e a pélvis.
Relaxe os músculos das costas.
Do abdômen e do peito.
Solte os músculos do braço esquerdo e braço direito.
Relaxe as mãos.
Solte toda a musculatura dos ombros, solte mais.
Relaxe o pescoço e a nuca.
Solte a cabeça. O couro cabeludo.
Agora, imagine-se num lugar muito bonito. E lá está você, com o peso ou a saúde que deseja.
Sinta a alegria por ter conseguido atingir o peso ou objetivo desejado.
Fixe essa imagem por alguns minutos em sua mente e mande essa mensagem ao seu cérebro para que se concretize.
Entrando num estado de relaxamento e tranqüilidade.
Relaxe, volte-se para dentro de você, sinta paz.
A cada respiração você vai mais fundo, mais e mais fundo.
Relaxando e sentindo cada vez mais serenidade e paz.
Enquanto respira, relaxe todos os seus músculos.
Agora visualize ou imagine uma linda luz entrando pelo alto de sua cabeça.
Uma luz belíssima, poderosa e curativa.
Você pode escolher a cor ou as cores que quiser.
Uma luz divina, uma luz poderosa, uma luz curativa, porque ela cura cada célula, cada fibra, cada órgão do seu corpo.
Restabelecendo a saúde de todas as suas células novamente.
Desfazendo todas as doenças.
Desfazendo todos os desconfortos.
Restabelecendo a saúde perfeita.
Mande embora o medo.
Você não precisa temer nada.
Mande embora as tensões, as preocupações, a ansiedade.
Mande embora a raiva, as frustrações.
Mande embora a tristeza, a mágoa, o desespero.
Aos poucos volte a sentir todo seu corpo.
Mexa levemente os dedos dos pés e das mãos.
Volte a ouvir barulhos externos.
Sinta-se em paz, com energia!
Você pode fazer essa meditação ao menos uma vez por dia e com a freqüência sentirá a diferença dentro de você!
Por: Rosemeire Zago
Psicóloga clínica com abordagem jungiana.
Desenvolve o autoconhecimento e ministra palestras motivacionais.
Cyber Diet
Revisão: Eliane Jany Babanti

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Exercícios físicos e depressão - Um forte aliado contra a depressão


Qualquer pessoa querendo sair de uma situação de saúde abalada e difícil, entre as várias recomendações que vai ouvir, uma será a atividade física. Pelo menos a maioria absoluta das doenças pode ser revertida com exercícios físicos e disso quase todo mundo sabe da mesma forma que sabe que o fumo faz mal à saúde.
Entre as doenças do mundo moderno a depressão é uma que os exercícios físicos podem fazer diferença no tratamento principalmente se tratada por uma equipe multidisciplinar. A doença geralmente é grupada em fatores psicológicos, genéticos e biológicos e em todos, os exercícios podem agir.
Separação, morte de cônjuge ou familiar próximo, aposentadoria, sensação de inutilidade, perda de status, diminuição da vitalidade entre outras, são considerados os mais fortes fatores psicológicos.
Entre os fatores genéticos é certo que algumas pessoas podem apresentar tendência. Determinadas situações cotidianas para uns não representam nada enquanto para outros pode ser o fim do mundo.
Entre os fatores biológicos além da queda natural de hormônios podemos citar as drogas e o alcoolismo.
Não é nenhuma novidade que as drogas ilícitas como a maconha, a cocaína e o crack escravizam uma parcela da população, mas o grande problema são as legalizadas como o álcool, o tabaco, os ansiolíticos, as anfetaminas e/ou os moderadores do apetite recrutando um percentual bem maior de pessoas de ambos os sexos. A dependência dessas drogas pode levar à depressão em diversos níveis. Claro, uma vez instalada a depressão por conta de uma dependência química ou do álcool o sujeito só tem chance de cura se procurar ajuda e o exercício físico tem sido recomendado principalmente no sentido de eliminar as toxinas, melhorar o relacionamento com pessoas, as condições músculo-esqueléticas, a cardiovascular, resgatar a auto-estima entre outras vantagens. Os médicos reconhecem que essa é uma guerra difícil de vencer onde mais da metade tem recaída após abstinência por um período, mas qualquer atitude é sempre mais promissora quando incluída a atividade física.
Uma das pesquisas fidedignas no final dos anos 90 concluiu que pacientes tratados com medicamentos e exercícios têm mais sucesso na cura da depressão e menos chances de recaídas quando comparados a grupos tratados apenas com medicação, grupo esse que apresenta uma melhora significativa apenas inicial. Veja mais em Tratamento da Depressão
Em longo prazo a atividade física principalmente quando feita todos os dias passa a dominar o sujeito criando um novo vício. Ou seja, há uma troca de um vício ruim por um salutar. Isso, segundo Cooper de deve a liberação pelo sistema nervoso central de substâncias chamadas endorfinas que causam uma sensação de bem estar permanecendo por várias horas depois de encerrado o exercício. É mais evidente nas atividades de média e longa duração, superior respectivamente a 30 e 60 minutos. Essa sensação os corredores conhecem bem por muitos mencionados como o “barato da corrida”.
Na questão da queda hormonal com o envelhecimento, em pessoas sadias, o mais evidente ocorre no sistema nervoso central com os neurotransmissores responsáveis pelo estado de humor que o exercício estimula. A queda natural da força pode ser revertida ou pelo menos retardada com a musculação, exercício que parece estimular a secreção da testosterona e hormônio de crescimento. As pesquisas atuais dão conta que os melhores rendimentos estão associados ao volume semanal de treinamento, intensidade, descanso adequado entre as seções e massa muscular envolvida. Alta intensidade de curta duração envolvendo grandes grupos musculares está associada às melhores respostas da testosterona imediatamente após o término do exercício. Entretanto vale lembrar que a dose faz o veneno. O excesso pode provocar o efeito inverso razão pela qual o ideal é que o programa deva ser prescrito por um profissional habilitado constando de exercícios aeróbios intercalados com a musculação. Conclui-se que exercício sozinho não é a solução de todos os problemas, mas é um forte aliado contra a depressão.

Extraído do site Copacabana Runners - Atletismo e Maratonas© 1999-2008
Helio A. F. Fontes
Utilização de material original do site
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quarta-feira, 2 de julho de 2014

A Depressão e Seus Mitos

A depressão é uma patologia que vai além da tristeza. Ela simplesmente aniquila a vontade e o interesse por quase tudo que cerca a vida.
Hoje será abordado um tema que está na "moda" e se tornou banal. É comum observar as pessoas conversarem e comentarem sobre seus problemas, preocupações, sonhos, planos, alegrias, satisfações, insatisfações etc. Em tempos de mudança pela qual nós brasileiros estamos passando, as incertezas e dúvidas pairam no ar e há uma contaminação geral atingindo a todos de uma ou outra forma. Aqueles que por outras diversas circunstâncias estão sobrecarregados com seus próprios problemas se tornam mais vulneráveis a uma onda de pessimismo e falta de vitalidade que pode ser confundido e até denominado como depressão.
“Depressão não é apenas tristeza. A tristeza é apenas um dos sentimentos que a depressão possui"
A depressão é uma patologia que vai além da tristeza. Ela simplesmente aniquila a vontade e o interesse por quase tudo que cerca a vida. Há uma desconexão com os sentimentos e simplesmente por mais que se tente reagir, não há uma reação positiva. A realização de tarefas corriqueiras e simples se torna um fardo. Há um cansaço físico, mental, insuportável que pode conduzir ao medo da realização de qualquer tarefa, gerando assim em outra ponta, a ansiedade.
Geralmente a depressão tem um fator desencadeante. Quando ela é severa, pois depressão também pode ser aferida em graus, o estopim pode ter sido acionado por um fato marcante. Entretanto, isto não quer dizer que apenas fatores externos sejam responsáveis por tal estado.
Há uma pré-disposição orgânica, química mesmo, que pode conduzir a este estado de inércia. Depressão não é apenas tristeza. A tristeza é apenas um dos sentimentos que a depressão possui. A depressão severa traz sensações de morte, desespero, falta de energia. Falta de vitalidade e força para poder viver.
Atualmente existem vários medicamentos e técnicas terapêuticas eficazes para o tratamento da depressão. Mas ainda está longe o medicamento efetivo para esta doença, pois não é apenas uma disfunção na química cerebral. Depende muito de cada pessoa como ela encara a vida e reage aos problemas do dia-a-dia.
Não existe um caso de depressão igual ao outro, portanto um remédio pode ser muito eficaz para uma pessoa e nem tanto para outra.
A terapia cognitiva comportamental associada a medicamentos tem produzido excelentes resultados, mas como cada um é cada um, é preciso verificar quais os tratamentos que existem e quais poderão atingir um grau de sucesso mais alto.
Fonte:
Cyber Diet por :
Sonia Cristina Camargo Bessa
Psicologia pela FMU, atua há 13 anos na área de Clínica do Emagrecimento.
Especialista em Terapia Reichiana (Bioenergética e Linguagem Corporal).

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Benefícios psicológicos do exercício físico nas mudanças de humor para tabagistas e dependentes químicos em recuperação

Eliane Jany Barbanti
Coordenadora do NUPSEA
CEPEUSP
Resumo
As Drogas Psicotrópicas reagem com o ser humano, provocando basicamente estimulação, depressão e/ou perturbação das funções do Sistema Nervoso, o que precipita mudanças de humor, já a prática do exercício desencadeia uma série de adaptações metabólicas, endócrinas e neuro humorais que, em conjunto, propiciam melhoras nas alterações afetivas.
Nesta pesquisa o benefício do aspecto afetivo dos exercícios, foi investigado nos participantes do Núcleo de Psicologia do Esporte e Atividade Física - NUPSEA.
Dezoioto dependentes químicos em recuperação (DP) e tabagistas (TB) do sexo masculino e feminino de idades entre 20 e 60 anos participaram da pesquisa. No experimento, os participantes fizeram caminhara, e bicicleta ergométrica, exercícios localizados, alongamento, relaxamento e meditação. Eles completaram a versão abreviada traduzida de uma versão atual do inventário perfil de Humor (PEH) (POMS - Grove e Prapavessis, 1992). O uso periódico do instrumento POMS, Perfil dos Estados de Humor, tem demonstrado eficácia na detecção de sinais das mudanças de humor. Em 2003, uma de suas versões abreviadas, passou a se denominar BRUMS, Escala de Humor de Brunel. A perturbação do humor total (PTH) diminuiu significativamente em (68% e 89%). Conclui-se que os exercícios do NUPSEA produzem mudanças positivas nos afetos de raiva, confusão, depressão, vigor, auto-estima e estresse. Estes resultados sugerem mudanças e benefícios crônicos emocionais do exercício e propõe que a "hipótese de avaliação cognitiva" pode ser mais adequada para explicar os benefícios do exercício crônico sobre os aspectos afetivos da recuperação de dependentes químicos e tabagistas.
PALAVRAS-CHAVEpsicologia do esporte, exercício aeróbico, afeto, emoção, o exercício físico, humor, caminhada, bicicleta, exercícios localizados e alongamento.
Abstract
Psychotropic Drugs react with the human being, basically causing stimulation, depression and / or disturbance of the functions of the Nervous System, which precipitates changes in mood, as the practice of exercise triggers a series of metabolic adaptations, endocrine and neuro humoral, in together, provide improvements in affective alterations.
In this study the benefit of the affective aspect of the exercise ergometric bicycle, walking, localized exercises, stretching, including relaxation and meditation, were investigated in participants in the Center for Sport Psychology and Physical Activity-NUPSEA.
Eighteen recovering addicts and smokers were male and female aged between 20 and 60 years participated. They completed the shortened version of a translated version of the inventory profile Humor (PEH) (POMS - Grove and Prapavessis, 1992). The periodic use of the instrument POMS, Profile of Mood States, has demonstrated effectiveness in detecting signs of changes in humor. In 2003, one of its shortened versions came to be called BRUMS, Brunel Mood Scale. Throughout the experiment, the dependent measures changed significantly from pre-to post-exercise. The total mood disturbance (POMS) decreased significantly (68% and 89%). It is concluded that exercise of NUPSEA produce positive changes in the affections of anger, confusion, depression, vigor, self-esteem, and stress. These results suggest that chronic emotional benefits of exercise and proposes that the "hypothesis of cognitive assessment" may be more appropriate to explain the benefits of chronic exercise on the affective aspects of recovering addicts and smokers.
KEY WORDS: Sport Psychology, aerobic exercise, affection, excitement, mood, walking, cycling, localized exercises and stretching.
Introdução
Já existe farta evidência sobre o valor da atividade física, do exercício, do esporte para a prevenção e reabilitação de várias doenças crônicas. A literatura existente demonstra que a participação em várias formas de atividade física está associada com uma saúde mental positiva e com a melhora da qualidade de vida (Barbanti, E.J 2006).
O exercício físico influencia o homem em diversos aspectos, sejam eles fisiológicos (relacionados à capacidade física), psicológicos (relacionados aos aspectos psicobiológicos), sociais (relacionamentos sociais, profissionais, familiares, entre outros), e/ou econômicos (status, negócios, entre outros), ou ainda outros aspectos. Porém, o esclarecimento de como o exercício atua nesses aspectos, tem despertado grande interesse nos últimos anos, pois se reconhece que sua prática regular proporciona uma série de benefícios funcionais, aspecto este amplamente abordado pela literatura científica da área (Mcardle, 1998).
Os benefícios mentais de doenças crônicas e exercício são os mais proeminentes sobre as medidas do afeto e da ansiedade (Biddle, 1995). O mesmo autor também afirma que está provado que a atividade física é associada com o bem-estar mental positivo e reduz a reatividade ao estresse cognitivo (Norris, 1992).
Há tempos, sabe-se que a prática regular da atividade física {i.é, exercício físico (Caspersen & Powell, 1985), tem como resultado diversas adaptações orgânicas, frente à exigência metabólica durante o estado de atividade corporal aumentado. Também que, em conjunto, essas adaptações melhoram a saúde física e mental do praticante, assim como das pessoas diretamente com ele envolvidas, em casa, no trabalho, na escola, no clube, entre outros locais (Samulski, 1996.)
O programa do Núcleo de Psicologia do Esporte e Atividade Física – NUPSEA do Centro de Práticas Esportivas da USP- CEPEUSP visa atender indivíduos entre 20 a 60 anos de grupo antitabagismo e dependentes químicos em recuperação da comunidade USP e comunidade Externa através de atividade física orientada individualmente com caminhadas, bicicleta ergométrica, exercícios localizados e alongamentos incluindo relaxamento e meditação.
O NUPSEA desenvolve um programa de atividades física direcionadas de forma racional e individualizada objetivando a melhoria dos sintomas de depressão e compulsão do grupo antitabagismo e dependentes químicos em recuperação, controle da ansiedade e estresse para todos os grupos, bem como a desempenho cardiovascular, resistência muscular localizada e flexibilidade e a melhoria da qualidade de vida através das atividades citadas. (Barbanti, E.J 2006). Porém ainda não investigou quais efeitos do humor são benefícios psicológicos do exercício para tabagistas e dependentes químicos em recuperação.
As atividades do NUPSEA promovem:
Caminhada/Bicicleta
São atividades aeróbias, destacando-se principais benefícios:
A normalização dos níveis de áreas da atenção, memória e controle motor e controle da ansiedade. Promovem o aumento dos níveis de serotonina nas áreas de humor, da síntese e liberação de endorfinas e do metabolismo basal e a diminuição da depressão, compulsão, estresse (Ferreira, 2001).
Exercícios Localizados
São exercícios de força e resistência muscular localizada e podem ser complementados com flexibilidade, elasticidade e alongamento.
Os exercícios localizados melhoram o humor geral, sintomas da depressão e ansiedade, auto-imagem, auto-estima e autoconfiança (Porto, 2006).
Alongamento
Proporciona sensação de bem-estar, diminuição dos sintomas objetivos de tensão e tem efeito relaxante. Ocorre tanto no aspecto central do córtex, quanto no periférico (Porto, 2006).
Relaxamento
Como uma atividade suave à prática regular do relaxamento está também associada à modificação favorável da saúde-emocional, propiciando uma diminuição da ansiedade e dos sintomas de depressão, melhora do auto-conceito, da auto - estima, do auto-conhecimento, proporcionando uma sensação de bem-estar. Há também a diminuição dos sintomas objetivos de tensão e seu efeito relaxante ocorre tanto no aspecto central do córtex, quanto no periférico (Szabo, 2003).
Meditação
A meditação costuma ser definida como um estado calmo e tranqüilo da mente que é vivenciado quando esta se torna vazia e sem pensamentos; prática de focar a mente em um único objeto (por exemplo: na própria respiração em uma estátua religiosa, em um mantra); uma abertura mental para o divino, invocando a orientação de um poder mais alto; análise racional de ensinamentos religiosos (como a impermanência, para os Budistas) (Szabo, 2003).
As Drogas Psicotrópicas reagem com o ser humano, provocando basicamente estimulação, depressão e/ou perturbação das funções do Sistema Nervoso, o que precipita outras alterações funcionais no organismo, já a prática do exercício desencadeia uma série de adaptações metabólicas, endócrinas e neuro humorais que, em conjunto, propiciam ao indivíduo uma influência bio-psico-social positiva. Além de adaptações físicas, atribuem-se ao exercício alterações comportamentais, com substancial evidência de que indivíduos envolvidos em programas de exercício experimentam efeitos positivos na saúde; por outro lado, o excesso de exercícios ou overtraining e a interrupção abrupta de um treinamento induzem distúrbios do humor, o que ilustra a complexa relação exercício – estados de humor. (Ferreira, 2001). Assim torna-se importante investigar quais os efeitos positivos em relação aos estados de humor podem ser obtidos através das atividades físicas.
Os mesmos autores destacam que nos Centros de Reabilitação de Dependentes Químicos que, em sua maioria, incentivam a prática da atividade física; na maioria dos casos, as atividades realizadas não são personalizadas (i.e., não-metodológicas), onde os internos beneficiam se principalmente da capacidade de descontração e socialização que a atividade física apresenta em seu bojo de benefícios.
Nesta perspectiva um bom programa de atividade física, independente da finalidade, precisa investigar as necessidades dos indivíduos, adequar seu conteúdo a essas necessidades e conter exercícios variados para todas as capacidades motoras como sugerido por Cress, (2004).
Dessa forma, foram levantadas as principais relações a cerca da influência dos diferentes tipos de exercícios para examinar as mudanças dos aspectos psicológicos sugerindo que estes trariam melhorias no humor dos participantes; aplicados na recuperação dos indivíduos que se tornaram dependentes e que agora buscam alternativas para superar dificuldades, como recaídas, sintomas de abstinência, diminuição da capacidade física, entre outros.
Materiais e Métodos
Participantes
A amostra foi constituída de dezoito alunos do NUPSEA. Os participantes dependentes químicos (DQ) eram cinco participantes dependentes de álcool, drogas ou outras substâncias: quatro (DQ) eram do sexo masculino, um do sexo feminino e dez participantes do grupo antitabagismo: três do sexo masculino e 10 do sexo feminino.
Instrumentos
Os participantes utilizaram o inventário de Perfil de Estados de Humor (PEH) e método de Karvonen por quatro vezes, com intervalo de 90 dias entre as atividades físicas ministradas pelo NUPSEA.
A versão abreviada (Grove, 1992) do inventário de Perfil de Estados de Humor (PEH) foi o principal instrumento utilizado neste estudo. Esta versão foi traduzida de uma versão atual do inventário perfil de Humor (PEH) (POMS - Grove e Prapavessis, 1992) O uso periódico do instrumento POMS, (PEH), tem demonstrado eficácia na detecção de sinais das mudanças de humor. Em 2003, uma de suas versões abreviadas, passou a se denominar BRUMS, Escala de Humor de Brunel. O instrumento foi submetido ao método tradução-traducão- reversa (ROHLFS, 2004), Anexo 1.
Esta ferramenta é reivindicada por ser o mais popular instrumento no contexto do desporto e do exercício (LeUnes, 2000), que é sensível a alterações afetivas induzidas pelo exercício realizado (Berger, 2000) e possui propriedades psicrométricas adequadas para uso em psicologia do esporte e do exercício (Fleming, 1992).
Esta versão do (PEH) Escala de Humor de Brunel é composta por um questionário de 25 itens contendo sete sub- escalas, dos quais duas medidas positivas prejudicam e cinco determinam afeto negativo. Os 25 itens são classificados em uma escala de cinco pontos variando de “nada” ou “extremamente“ para medir os estados afetivos como “Vívido”, ”Confusão”, ”Raiva”, ”Auto-estima”, "Etc." eficaz em uma pesquisa interna após a consistência (alfa de Cronbach) das sete sub-escalas encontrados para: fadiga = 0,90, a raiva vigor = 0,90, =0,93, auto-estima = 0,70, tensão = 0,87, 0,76 e = confusão depressão = 0,93 (Wann, 1999). E possui adequadas propriedades psicrométricas para investigação para uso no esporte e na psicologia do esporte (Fleming, 1992).
Inicialmente os indivíduos realizaram as atividades físicas adaptando ao método Karvonen (Services, 1996.) e de acordo com as informações obtidas, foi considerada a da Zona Alvo de treinamento para a determinação da intensidade dos exercícios de bicicleta e caminhada.
Segundo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (Services, 1996.) as seguintes recomendações devem ser adotadas para a prescrição de atividades cardiorrespiratórias pelo método da freqüência cardíaca de reserva de Karvonen:
Determinação da FC de reserva (Fórmula de Karvonen)Para calcular as faixas de freqüência cardíaca de treino em primeiro lugar, essa faixa de freqüência cardíaca (FC) consiste em um cálculo de uma intensidade de esforço adequada para um condicionamento aeróbio e que existe uma série de outras variáveis importantes dentro da definição de um treinamento. Foi utilizado o método da FC de reserva (FCR), ou método de Karvonen, que calcula inicialmente a FCR subtraindo a FC de repouso da FC máxima e depois foram calculados 65 e 75% da FCR e foram somados esses valores à FC repouso.
FC de reserva (FCR) = 220 – idade
FC trabalho = FC Tmáx – FC repouso
FC repouso – contada idealmente após 5 minutos da pessoa deitada em ambiente calmo e tranqüilo.
Limiar de Treino = FC trabalho x 65% + FC repouso
Limiar Superior da ZA = FC trabalho x 75% + FC repouso
FC- alvo = (FC residual x intensidade) + FC repouso
No caso dos tabagistas e dependentes químicos em recuperação:
Tipo de exercício: caminhada, bicicleta
Freqüência: três dias por semana
Duração: 40 minutos contínuos
Intensidade: 65% a 75% da freqüência cardíaca de reserva
FC-alvo = (FC residual x intensidade) + FC repouso
Procedimento
O estudo teve duração de um (01) ano com início no mês de agosto de 2008 a junho de 2009. O inventário foi aplicado inicialmente no primeiro semestre de 2008 e no final de cada semestre letivo da USP, composto de quatro meses cada semestre. As atividades desenvolvidas foram: caminhada 20 minutos, bicicleta ergométrica 20 minutos; exercícios localizados 20 minutos, exercícios de alongamento e técnicas de relaxamento, meditação no final das aulas por 30 minutos. Foram ministradas aulas com duração de 1h30minutos (uma hora e trinta minutos), 03 (três) vezes por semana. Completaram o inventário perfil de Humor (PEH) e o método Karvonen no início (pré) e no final (pós) de cada semestre letivo da USP, logos após executarem os exercícios para determinar as possíveis mudanças de humor obtidas.
A freqüência cardíaca durante dos exercícios aeróbios de bicicleta ergométrica e caminhada foi controlada por polares. A cada 10 minutos a freqüência cardíaca foi registrada.
Antes e no final do semestre da USP os participantes completaram uma cópia do (PEH) depois de realizarem as atividades. Dado a natureza do experimento de campo, a precisão absoluta da freqüência cardíaca não foi uma questão importante, mas foi levado para estimar o volume de trabalho nos quais os alunos fizeram as atividades. Os questionários foram recolhidos e posteriormente registrados.
Resultados
Os escores do (PTH) antes e após o exercício foram analisadas com medidas repetidas multivariadas de análise de variância (ANOVA-MRM). Esta análise rendeu um período estatisticamente significativo (pré- para pós-exercício) o efeito principal, F (7, 89) = 20,67, p=0, 001. O acompanhamento da análise uni variada revelou que as mudanças pré- pós-exercício foram estatisticamente significativas para todas as sete medidas dependentes derivadas da sub- escalas da (PTH). Estes resultados são resumidos na Tabela 1.

Conclui-se que os exercícios do NUPSEA produzem mudanças positivas nos afetos de raiva, confusão, depressão, vigor, auto-estima e estresse figura 1. Para verificar se as cargas de trabalho selecionadas tinham qualquer relação à magnitude das mudanças sobre as medidas de afeto, os escores foram calculados da diferença para o último subtraindo-se o pró do pré-exercício das pontuações. As correlações entre a carga de trabalho e os escores da diferença não foi significante para nenhuma das medidas afetivas incluindo a intensidade do exercício. (Figura 2). As correlações entre os grupos dependentes químicos (DP) e TB não foi significativa para nenhuma das medidas afetivas (Tabela 2), incluindo o PTH.

Figura 2 Gráfico de dispersão mostrando a relação entre a intensidade do exercício em porcentagem (%) da reserva de freqüência cardíaca máxima, e a pré- diferença pós-exercício ou escores de mudança de transtorno de humor total (DMTHT.)
Tabela 2. Coeficientes de Correlação de Pearson (r) obtidos entre os dependentes químicos (DP e tabagistas (TB) expressos nos escores das oito medidas de afeto nos dois grupos.


Discussão
Os 40 minutos de bicicleta- caminhada foram realizados com a intensidade de zona alvo de exercício. Um achado importante, combinando os resultados, foi a falta de correlação entre a intensidade do exercício e as alterações das pontuações ou escores da diferença de medidas de afeto. Os estudos atuais mostram claramente que a intensidade do exercício não é um instrumento para efeito de benefício nos aspectos afetivos.
Estes resultados são ainda maiores pelo fato de não haver correlação entre a magnitude das alterações que afetam a intensidade do exercício. (Berger, 2000) destacam que a intensidade do exercício deve ser definida para os benefícios afetivos é principalmente especulação que se baseia na intensidade do exercício de pesquisas anteriores que levaram a mudanças positivas no afeto. Estes autores consideram que os exercícios moderados são os mais benéficos. Com base nos resultados atuais é possível sugerir que um trabalho conjunto de exercícios aeróbios e não aeróbios pode ser o mais benéfico para ganhos psicológicos de afeto. Os benefícios das atividades observados pós-tratamento sugere que talvez a combinação com duração, poderia ser um caminho a seguir em investigações futuras para resolver este dilema. Até agora, entretanto, nenhum estudo diretamente examinou o papel do controle de tais pesquisas. No entanto, as mudanças positivas de afeto, semelhante ao exercício, observadas após atividades passivas (Szabo, 2003) não podem ser vinculadas a explicação mais provável para benefícios afetivos do exercício (e alguns outros passivos tratamentos), podem ser relacionadas com a interpretação mental da atividade que o participante esteja engajado. À luz desta hipótese de "avaliação cognitiva” (que foi proposta em relação às experiências estressantes por Lazarus em 1988, crenças imediatas e pensamentos influenciam a visão se assumem a situação ou uma atividade. Por conseguinte, qualquer experiência de vida interpretada como agradável é susceptível de desencadear afetos positivos (Sandlund, 2000). Atualmente, este é o único denominador comum afetivo entre as melhorias após um exercício e descanso tranqüilo, (Koltyn, 1997). É incontestável que modelos fisiológicos (La Forge, 1995) poderiam ser instrumentos no afeto benéficos do exercício para que a evidência fosse produzida na literatura (Cox, 2000). Futuras pesquisas precisarão investigar mais de perto a duração dos benefícios afetivos com várias formas de protocolos de exercícios em contraste com outros ou tratamentos de controle, mantendo em perspectiva a controvérsia com base em provas em torno dos modelos atuais. Nesse esforço nominal percebido (ENP) como um adicional índice de intensidade do exercício deve ser avaliado, ao longo a freqüência cardíaca, em investigações futuras.
Embora apenas medidas limitadas de afeto fossem examinadas nesta pesquisa, esses dados chamam a utilização dos modelos fisiológicos avançados para explicação dos benefícios afetivos crônicos do exercício. É mais provável que as mudanças afetivas desencadeadas pelo período de exercício pós-exercício são regulamentadas pela ação cognitiva subjetiva de avaliação do conjunto de exercícios aeróbios e não aeróbios do NUPSEA que exercem controle sobre as atividades
Estes resultados sugerem mudanças e benefícios crônicos emocionais do exercício e propõe que a "hipótese de avaliação cognitiva" pode ser mais adequada para explicar os benefícios do exercício crônico sobre os aspectos afetivos da recuperação de dependentes químicos e tabagistas.
Conclusão
Conclui-se que os exercícios do NUPSEA produzem mudanças positivas nos afetos de raiva, confusão, depressão, vigor, auto-estima e estresse.
Os resultados do estudo revelaram que a intensidade do exercício não é importante na geração de resultados positivos benéficos afetivos após a utilização de exercícios aeróbios.
Com os resultados do inventário aplicado pode-se verificar que na prescrição do exercício para usuários de cocaína, cujas principais alterações nervosas estão ligadas ao sistema monoaminérgico, com comprometimento da função motora e dos estados de humor; que são realizados de maneira contínua ou intermitente, a fim de se evitar o estresse fisiológico e psicológico do exercício extenuante e prolongado ocorrem mudanças destes estados de humos. Do ponto de vista da coordenação motora, foram iniciadas as atividades simples, progredindo sua intensidade com o tempo de treino, a fim de normalizar a transmissão nervosa no circuito motor e no hipocampo para encontrar as mesmas mudanças de humor que os demais grupos.
Na prescrição do exercício para usuários de benzodiazepínicos, cujas principais alterações nervosas estão ligadas ao sistema Gabaérgico, com comprometimento da capacidade intelectual, do humor e da coordenação motora e para usuários de tabaco, cujas principais alterações nervosas estão ligadas ao sistema nervoso que controla os processos intelectuais; as atividades do NUPSEA estimulam a melhora do humor.
Foram destacados os resultados obtidos que verificaram as mudanças de humor em usuários de Drogas Psicotrópicas em recuperação:
Sugere-e que a intensidade deva ser regulada de acordo com a via nervosa a ser influenciada e, ainda, pela capacidade física individual.
Deve-ser sempre respeitar a individualidade biológica, uma vez que, mesmo se prevendo as principais alterações com o uso de drogas, algumas características como: idade, sexo, história pregressa de vida, tipo e tempo de substância utilizada e, ainda, a associação com outras substâncias devem ser observadas, ressaltando que todos os indivíduos deverão primeiro, passar por um exame clínico, a fim de se evitarem maiores danos à saúde pela prática do exercício.
Deve-se ainda, no ato da prescrição do exercício, considerar:
Estado geral da saúde física (sintomas da abstinência, cardiopatias, angiopatias, pneumopatias, miopatias, endocrinopatias, neuropatias);
Estado geral da saúde psicológica (sintomas da abstinência, como ansiedade, depressão, irritabilidade, distúrbios do sono, entre outros);
Nível de condicionamento físico geral e da capacidade de trabalho;
Estilo de vida atual e atividades anteriormente praticadas.
Referência bibliográfica
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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Distúrbios alimentares e dependência química

Por Marty Lerner, Ph.D.Aqueles de nós que estão entre a “comunidade de recuperação" estão todos muito conscientes da prevalência de distúrbios alimentares entre os dependentes químicos.
O objetivo deste artigo é sensibilizar tanto sobre a natureza como a prevalência dos transtornos alimentares especialmente na comunidade de recuperação de alcoólicos e toxicodependentes.
A pesquisa atual sugere uma estimativa consistente, entre bebidas alcoólicas e dependência química.
Mulheres dependentes que podem ser "qualificadas" como comedoras com distúrbios estão ao redor de vinte a quarenta por cento. Não existem estudos específicos em matéria de gênero com “dependência cruzada”. No entanto, há evidências que sugerem que, de todos os casos diagnosticados na população em geral, pelo menos dez por cento são do sexo masculino. Certamente, quando falamos de "transtornos alimentares," estamos incluindo todos os que sofrem de diferentes formas de anorexia, bulimia e comedores compulsivos. Apesar de muitas pessoas que sofrem com um transtorno alimentar podem aparentemente estar significativamente com sobrepeso ou abaixo do peso, como não se pode identificar a maioria dos alcoólicos e toxicodependentes, uns com os outros os portadores de transtornos alimentares também não são reconhecidos simplesmente pelo aparecimento sozinho dos transtornos.Neste momento, muitos de vocês podem estar perguntando como um transtorno alimentar pode ser considerado uma adição ou vício? Como pode alguém ser viciado em comida ou "dieta"?
Esta confusão se parece muito com a confusão e mal entendidos relativos à verdadeira natureza do alcoolismo nos anos passados, explica a dificuldade entre muitas pessoas com transtornos alimentares em reconhecer um transtorno alimentar.
A dependência química é como um parentesco de "primo" de primeiro grau. O fato é que há provas significativas que muitos transtornos alimentares cumprem os critérios médicos aceitos para dependência química (por exemplo, bulimia, comer compulsivo).
O corpo de investigação que vem pesquisando a "bioquímica" daquilo que foi denominado "dependência alimentar" tem crescido nos últimos anos. Até agora se sabe que um número significativo de transtornos alimentares tem uma base biológica que vai além dos elementos ligados ao comportamento disfuncional de comer. Por exemplo, tanto bulímicos como comedores compulsivos têm uma tendência a auto-medicação através de comer em demasia e / ou purgar. Na realidade, existe um mecanismo similar para os que transformam em restrição sua ingestão alimentar por inanição auto-induzida (anorexia). Sabemos, por exemplo, que os alimentos altamente glicêmicos (por exemplo, açúcar e produtos de farinha, carboidratos simples altamente processados) desencadeiam uma reação no corpo de muitos comedores compulsivos de “secretar mais” insulina. O efeito é um rápido aumento do açúcar no sangue seguido por um aumento nos níveis da seratonina e beta endorfinas. Infelizmente, isso provoca uma reação de queda rápida nesses níveis logo depois - como resultado. Esta síndrome de "queda rápida" é marcada por depressão, ansiedade, insônia, fadiga, e um desejo de aliviar o sofrimento. Se isto soa familiar aos alcoólicos, não é coincidência.
O álcool se converte em puro açúcar quando é digerido no estômago.
Os alcoólicos que se abstêm de beber e encontram forte desejo por açúcar, cafeína, nicotina, o fazem, porque essas substâncias tendem a aliviar alguns dos sintomas associados nem tanto com álcool, e, sim, com a retirada do açúcar. Em conjunto a esses elementos físicos estas dependências têm em comum o aprendizado de se automedicar da depressão, assim como em relação a substâncias e comportamentos compulsivos e as semelhanças tornam-se evidentes. Há pouca coincidência neste fenômeno de “dependência cruzada”. Recupera-se de um transtorno alimentar é muito semelhante à recuperação de qualquer adição.
O tratamento eficaz inicia seguindo-se uma série de direções na seqüência do início do tratamento com um conjunto de instruções. Adictos todos têm em comum certo grau de problemas físicos e psicológicos que separam o "viciado" do "não-viciado”. Do lado físico, um bom primeiro passo é o de eliminar ou limitar gravemente carboidratos refinados (por exemplo, açúcar, farinha) de sua dieta. Para ter certeza, isso não significa comer sempre menos, isso significa comer diferente. Um corpo de pesquisa cada vez maior tem demonstrado que em muitos transtornos alimentares pessoas manifestam uma maior sensibilidade a essas substâncias, bem como o efeito de álcool nos alcoolistas. Esta "sensibilidade" traduz-se numa secreção excessiva de insulina, levando a uma pronunciada queda do açúcar no sangue e, assim, um aumento da fome física e depressão. Em outras palavras, se você está comendo compulsivamente, a chance são que essas substâncias desempenhem um papel padrão no seu comer compulsivo bem como tem efeito diretamente nos neurotransmissores que influenciam o seu humor (primeiro fazendo-o "sentir-se" melhor e, em seguida, levando a um estado de depressão mental). Se o acima citado é apenas um mecanismo primário para um transtorno alimentar ou desempenha um papel menor não é conhecido.Um fenômeno semelhante parece existir nos indivíduos que sofrem de anorexia. Aqui, a "solução aditiva" é evitar totalmente alimentos ou recorrer a um excessivo exercício e / ou purga. Em última análise, isso resulta em um ciclo de dependência em função da fome ou purgar a "repelir" a depressão e evitar ganho de peso. Neste caso também, um plano alimentar de abstinência* serve como um guia de alimentação saudável. (Ver definição de "abstinência:" abaixo). Seguindo uma abstinência alimentar * (por exemplo, baixa glicemia), em conjunto com a pesagem e medição de porções (para aqueles que tendem a sobre ou sob qualquer estimativa de porção), é parte integrante do fundamento pelo qual uma recuperação de vida é construída.
O objetivo deste processo é o de proporcionar um "Esboço" de que a pessoa é capaz de construir um padrão alimentar com um alívio da tendência para qualquer estimativa sobre ou sob estimar as suas necessidades nutricionais. Sem isso o desenho técnico, é ter intenções boas, mas nenhum meio de construir programa de projeto de recuperação pessoal que possa suportar as inconsistências da vida cotidiana. A partir de nossas experiências, "Fazer é acreditar".
Definindo Abstinência:
Sobre uma perspectiva médica, refere-se à abstinência a simples cessação da dependência ou comportamentos compulsivos que se aplicam aos padrões comportamentais associados a uma desordem alimentar.
Para o comedor compulsivo, isso significa que se abster de excessos, independentemente do tipo de alimento ou a freqüência de alimentação.
Para os bulímicos sofredores, isso significa o abster comer até fartar-se e purgar. Já para os anoréxicos, representa já não restringir ingestão calórica e / ou o cessar da atividade purgativa.
A definição da perspectiva da abstinência do vício é a mesma com uma importante função.
Uma ferramenta essencial para atingi-se os objetivos acima mencionados inclui um plano alimentar de abstinência:.Poderíamos dizer que um plano de abstinência limita as porções de alimento ou, em alguns casos, eliminam-se, produtos de farinha e açúcar, bem como pesagem e medição porções.
Novamente, isto não é nem uma "licença" para o sofredor de anorexia comer menos ou ficarem obsessivos sobre calorias - é um meio de uma alimentação com quantidade adequada de alimentos saudáveis, nutritivos e não subestimar porções. Com efeito, esta abordagem para comer é recomendada para aqueles que ainda têm outra forma de conseguir sua abstinência de transtorno alimentar.
A analogia com o tratamento do alcoolismo é que um se diferencia entre as duas perspectivas - a de recomendar a tentar o álcool "beber controlado" versus alcançar "abstinência:". Pode, aliás, ser possível que alguns obtenham o "controle” de seu transtorno alimentar (ou alcoolismo) disciplinando seu alcoolismo por autodisciplina. Para outras, pode haver um fator físico além desta autodisciplina. Nestes casos, a experiência tem demonstrado que "tais intervalos de controle são muitas vezes breves, quase sempre seguido por uma recaída ainda pior. "(empréstimo a partir do" Big Book "de AA). Para obter Ajuda. A recuperação de um transtorno alimentar como um processo de dependência sugere um processo de tratamento que englobe os aspectos físico, emocional, espiritual da doença.
No início deste, freqüentemente significa encontrar um centro de tratamento capaz de fornecer as ferramentas necessárias para entrar em recuperação. Uma vez encontrando o caminho da recuperação, aderindo a um plano alimentar saudável, freqüentar regularmente os grupos de apoio relevantes (por exemplo, a Comedores compulsivos, Vigilantes do peso, etc), e trabalhar com outras pessoas em recuperação, continua a ser a essência da qual longa recuperação é construída.
Para obter mais informações sobre como encontrar apoio para desordens alimentares e detalhes sobre o suporte dos recursos você pode visitar a Milestones em recuperação no www.milestonesinrecovery.com site.
Colaborador: Dr. Marty Lerner, Ph.D.Dr. Lerner é o diretor executivo do Milestones do Programa de Recuperação de desordens compulsivas. Lerner é um licenciado e certificado em psicologia clínica especializada em quem está em tratamento dos transtornos alimentares desde 1980. Ele é o autor de diversas publicações relacionadas com os transtornos alimentares que aparecem na literatura profissional, bem como numerosas revistas e jornais. Pale-Reflections.com
Fonte e bibliografia do autor
Author's BioDr. Lerner is the executive director of the Milestones in Recovery Eating Disorders Program located in Cooper City, Florida. Dr. Lerner is a licensed and board certified clinical psychologist who has specialized in the treatment of eating disorders since 1980. He is the author of several publications related to eating disorders appearing in the professional literature as well as numerous magazines and newspapers. A member of the professional community here in South Florida since finishing his training, Dr. Lerner makes his home in Davie with his wife Michele and daughters Janelle and Danielle.
Tradução Eliane Jany Barbanti

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