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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Controle da ansiedade

Frischnecht (1990) traz que a parte principal do controle da ansiedade consiste na modificação da maneira de pensar. No entanto, algumas vezes, um atleta pode apresentar um quadro de ansiedade pelo simples fato de não estar bem treinado para a competição e, neste caso, seria insensato preocupar-se com isto. Por meio de uma melhor preparação e de um treino mais eficiente, a ansiedade seria, provavelmente, remediada.
É de grande importância os fatores sociais, o contexto no qual o atleta e sua equipe estão envolvidos, a vontade de vencer, a motivação, a maturidade pessoal e esportiva, a união e coesão do grupo, os desafios já enfrentados, a história passada da equipe, as perspectivas futuras e, especialmente, saber o que cada um, cada equipe está apostando em determinada partida. Esta expectativa irá comandar o que poderá acontecer posteriormente.
Para o controle da ansiedade no esporte, a literatura tem apontado diversas estratégias, como por exemplo, relaxamento, visualização no caso do excesso e exercícios de ativação de metas, no caso de baixa ansiedade. Porém, não basta um treinador saber as estratégias de preparo físico e técnico de seus atletas. Ele deve possuir também capacidades de ensinar-lhes a lidar com seus estímulos de estresse. Existem competências psicológicas que o atleta deve aprender a dominar, para responder efetivamente às exigências da competição (Viana, 1989).
BibliografiaFrischnecht, P. A influência da ansiedade no desempenho do atleta e do treinador. Treino Desportivo. Lisboa: II série, n. 15, p.21-28, 1990.
Viana, M. Competição, ansiedade e autoconfiança: implicações na preparação do jovem desportista para a competição. Treino Desportivo. Lisboa: II série, n. 13, p. 52-61, 1989.
Eliane Jany Barbanti

domingo, 16 de janeiro de 2011

Avaliação da eficiência da prática de dois tipos de exercícios aeróbicos e alongamento na qualidade vida no tratamento da depressão

Encontra-se disponível na Internet a pesquisa AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA E EFICÁCIA DA PRÁTICA DE DOIS TIPOS DE EXERCÍCIOS AERÓBICOS E ALONGAMENTO NA QUALIDADE VIDA NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO http://portalrevistas.ucb.br/index.php/efr/article/view/1803 , Vol. 4, No 3 (2010); Eliane J. Barbanti
Texto Completo: PDF
Desejo a todos um ótimo Natal e um ano novo repleto de bênçãos e concretizações.
Att
Eliane

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Exercícios Localizados para mulheres

O principal objetivo dos exercícios localizados é melhorar a força e a resistência dos principais grupos musculares. O objetivo da ginástica localizada é aumentar a resistência muscular, servindo de base para outras atividades físicas como a musculação e os exercícios aeróbicos em geral. A ginástica localizada permite um ganho pequeno de massa muscular e não um aumento acentuado, devido ao uso limitado de peso nas aulas. Os exercícios usualmente praticados nesta modalidade são: agachamento, tríceps, peitorais, glúteos e abdominais.
O agachamento é um exercício completo para os membros inferiores, envolvendo vários grupos musculares e articulações tais como quadríceps femoral, glúteos médio e máximo, bíceps femoral e outros. Embora seja um exercício para membros inferiores, o agachamento solicita o corpo todo, envolvendo a musculatura das costas, abdome, braços, gêmeos, entre outras. Ele fortalece coxas, glúteos e pernas, além de facilitar movimentos do nosso dia-a-dia como pegar algo no chão, sentar, levantar, subir numa cadeira ou escadas.
O tríceps é um grande músculo de três cabeças que abarca cerca de 60% da massa muscular do braço, mas ao ser extensor costuma ir a favor da gravidade, e não se desenvolve muito. Pode-se exercitar o tríceps através dos movimentos de extensão na contramão da gravidade, fazendo com que a flexão vá a favor da gravidade. As funções do tríceps são: a extensão do antebraço, da cabeça e adução do braço, além de realizar uma ação sinérgica de extensão sobre o ombro.
O músculo peitoral faz parte de um dos grandes e importantes grupos musculares. Ele é responsável pela postura do tronco e seu condicionamento pode evitar dores nas costas. Na mulher, além da postura, dá sustentação aos seios que são formados por camada gordurosa e não recebe influência dos exercícios. Seios mais elegantes têm uma boa base que são os músculos peitorais por baixo deles.
Diariamente, fazemos movimentos em que esse grupo muscular está agindo. Sentado numa cadeira de escritório, ao apoiarmos as mãos na mesa empurrando a cadeira para trás estamos usando o peitoral. Ao abrirmos uma porta, empurrando-a para dentro do ambiente, a ação se repete e assim são todos os movimentos que fazemos de empurrar alguma coisa à nossa frente. O peitoral também é importante na sustentação dos movimentos rotatórios dos braços, quando temos que sustentar e/ou elevar o corpo com as mãos.
Os glúteos são formados por três músculos de cada lado: o máximo (principal responsável pela forma e tamanho das nádegas), o médio (contribui para o contorno arredondado) e mínimo (transmite sustentação). O glúteo máximo é o músculo maior e mais forte, é responsável pelo tamanho e formato das nádegas. O médio tem como função mover o quadril para os lados (abdução) e girar o quadril para dentro e também na abdução de pernas (fechamento) ou em elevação lateral da mesma. O mínimo, o menor dos três, age como um músculo estabilizador, mantendo a articulação do quadril na posição adequada. É um músculo trabalhado em todos os exercícios para glúteo, porém com pouco sucesso por ser mais profundo, é mais difícil de ser trabalhado.
Os exercícios abdominais, dependendo da posição em que são feitos, servem para trabalhar o abdome superior, os músculos oblíquos abdominais que ativam especialmente os músculos estabilizadores do tronco como o transverso do abdome e a parte inferior do abdome. Esses exercícios têm sido prescritos em programas de condicionamento, reabilitação e prevenção de lesões da coluna vertebral entre outros. Tradicionalmente, os programas de exercícios abdominais realizados nas academias enfatizam a força, usando os músculos do tronco como “motores primários”, negligenciando, assim, uma das mais importantes funções desses músculos que é estabilização da coluna vertebral.
Para se obter uma sobrecarga desejável nos exercícios localizados podem ser utilizados os seguintes procedimentos:
•Aumentar a amplitude de movimento
•Adicionar sustentação (isometria)
•Utilizar resistência externa (pesos, caneleira, bola suíça, faixa elástica, steps)
•Fazer repetições mais lentas
•Executar variações mais difíceis
Os benefícios dos exercícios localizados são:
Os exercícios localizados melhoram o humor geral, sintomas da depressão e ansiedade, auto-imagem, auto-estima e autoconfiança
Pesquisa
As alunas do curso de Fitness, Ginástica localizada e Executiva, do Cepeusp, foram avaliadas com testes em oito tipos de exercícios localizados (agachamento, tríceps, peitorais, glúteos direito e esquerdo, abdominais superior, oblíquo e inferior) no início e fim do semestre letivo. O objetivo foi construir tabelas com valores de referência para classificar o rendimento das alunas de acordo com a faixa etária. Os resultados mostraram, para alguns exercícios e modalidades, que a idade é um fator importante no rendimento.
O trabalho completo está disponível no link abaixo.
Eliane Jany Barbanti
Professora de Educação Física, formada pela Escola de Educação Física da USP.
Mestra em Psicologia do Esporte Universidade de Iowa, Estados Unidos.
Coordenadora do Núcleo de Psicologia do Esporte e Atividade Física - NUPSEA
Disponível na Internet no site http://www.cepe.usp.br/site// em Dica do Especialista .
Exercícios Localizados para mulheres

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ansiedade e Performance

O esporte, em especial o esporte competitivo, é sinônimo de situações de avaliação comparativa (pelos outros e por si mesmo), de objetivos competitivos a alcançar, de desafios, de rivalidades, de expectativa, e de uma série de outros fatores associados, como por exemplo, auto-estima, prestígio, dinheiro, reconhecimento, admiração social, etc.
As manifestações ou os estados emocionais têm-se revelado como fatores importantes na prestação desportiva.
Martens (1977) apresenta o conceito de "traço de ansiedade em competição” como representativa das diferenças individuais na percepção da competição enquanto considerada como uma ameaça, e salienta ainda a diferença entre o "traço geral de ansiedade" e o "traço de ansiedade para situações específicas".
Orlick e Botteril (1975) afirmam que a preocupação com a competição e o fato de o atleta ir ser avaliado pode influir negativamente e provocar o abandono ou a participação reduzida. Contudo, alguns atletas (Gould e al. 1983) relatam que as suas preocupações com a competição não afetam a sua "performance" e alguns sentem que a sua prestação desportiva é melhor quando se sentem ansiosos. As conseqüências das manifestações de ansiedade em competição dependem, por certo, da freqüência, da duração e da intensidade com que elas se apresentam.
Landers (1982) estuda a ansiedade associada à atenção e sugere que a atenção associada a um baixo limiar de ansiedade (a palavra é utilizada com o significado de "sensação de alerta") não é capaz de identificar estímulos relevantes, e considera ainda que uma ansiedade moderada aumente a seletividade perceptiva, eliminando dados irrelevantes para a tarefa.
O mesmo autor afirma, também, que cada modalidade desportiva tem características e exigências próprias, que, para além dos aspectos físicos, técnicos e tácticos, exigem determinadas características psicológicas.
Nideffer (1976) veio na mesma linha de investigação, acentuar a importância da atenção e dos estilos perceptivos nas várias modalidades desportivas. Uma revisão de toda a literatura sobre este tema e devida a Martens, Vealey & Burton (1990) concluía que 89% dos estudos efetuados mostravam haver correlações significativas entre características psicológicas do atleta e a sua prestação desportiva.
Devido à existência de diversas interpretações esteóticas não se encontra uma definição formal para a palavra “ansiedade”.
A Ansiedade é medicamente falando, uma atitude fisiológica (normal) responsável pela adaptação do organismo às situações novas, onde se encaixam bem as situações do esporte competitivo. As mudanças acontecidas em nossa performance física quando um cachorro feroz tenta nos atacar, quando fugimos de um incêndio, quando passamos apuros no trânsito, ao tentarem nos agredir e assim por diante, são as mesmas quando nos encontramos diante de um atleta adversário
Diferentes vocábulos como stress, angústia, preocupação, etc., são habitualmente aplicados com um significado equivalente, embora autores como Martens, Vealey e Burton, (1990) definam estado de ansiedade “como um estado emocional transitório, caracterizado por sentimentos de apreensão e tensão associados à ativação do organismo”Embora seja, essencialmente, desde os anos 80 que grande número de psicólogos do desporto (Martens, 1977; Klavora,1978; Magill,1982: Landers,1982; Pargman,1993; e muitos outros) começaram a debruçar-se sobre o fenômeno da relação da ansiedade e do estado de alerta com a performance desportiva, Gould e Krane (1992) citam Coleman Grifith como sendo o pai da psicologia norte americana, pois já em 1932 aconselhava estratégias para ajudar os atletas a ultrapassar a ansiedade e o medo.
Com base no fato da tanto ansiedade somática como cognitiva afetarem a performance desportiva, diversas teorias têm sido propostas para explicar a relação entre a ansiedade e a performance. As mais conhecidas serão, talvez, a Teoria “Drive”, a Hipótese do “U Invertido”, as Teorias de “IZOF”, da “Catástrofe”, “Inversão”, a “Multidimensional da Ansiedade” e a Teoria do “Traço e Estado de Ansiedade”.
Estudos numerosos têm comprovado a hipótese do “U Invertido”, que defende que o aumento do “arousal” corresponde a uma focagem da atenção, que gradualmente aumenta até um nível ótimo, correspondente à melhor performance, para, depois de ultrapassado esse nível começar a causar deterioramento da performance por a atenção estar demasiada focada e, desse modo, falhar estímulos relevantes para a tarefa “Arousal” e performance.


Zaichkowsky (1993), por sua vez, parte do princípio que este estado global do organismo pode representar uma tripla ação: a ativação fisiológica, a resposta comportamental e a resposta emocional.
Diante de situações de competição a performance física acaba fazendo coisas extraordinárias, coisas que normalmente não seríamos capazes de fazer em situações não-competitivas. A maior parte desta performance melhorada deve-se à ansiedade, porém, embora a ansiedade favoreça a performance e a adaptação, ela o faz somente até certo ponto, até que nosso organismo atinja um máximo de eficiência. A partir de um ponto excedente a ansiedade, ao invés de contribuir para a adaptação, concorrerá exatamente para o contrário, ou seja, para a falência da capacidade adaptativa. Nesse ponto crítico, onde a ansiedade foi tanta que já não favorece a adaptação, ocorre o esgotamento da capacidade adaptativa.

Vejamos ao lado, a ilustração de um gráfico ilustrativo, onde teríamos um aumento da adaptação proporcional ao aumento da ansiedade até um ponto máximo, com plena capacidade adaptativa. A partir desse ponto, embora a ansiedade continue aumentando, o desempenho ou adaptação cai vertiginosamente, assim sendo, ao invés da ansiedade melhorar a performance, acaba por comprometê-la.
Torna-se claro que os diferentes tipos de ativação devem ser equacionados de acordo com os requisitos da tarefa e do enquadramento. Também diversas formas de abordagem podem ser equacionadas, para medir a ansiedade, considerando que as diversas manifestações podem traduzir-se através de: respostas fisiológicas do organismo, comportamentos observáveis do indivíduo e detecção das situações que o indivíduo considera psicologicamente perturbadoras, através de processos de auto-avaliação. Nesta conformidade as duas principais formas de abordagem da avaliação da ansiedade podem ser feitas através das ciências biomédicas e das ciências do comportamento.
Hoje, cada vez mais, as perspectivas de desenvolvimento apontam para abordagens multidimensionais. Krane (1992) sugere que as investigações devem fazer uma avaliação paralela da ansiedade somática e cognitiva em vários momentos diferentes.

Veja o complemento da matéria em:
Controle da ansiedade
Por Eliane Jany Barbanti

BibliografiaGould, D., Horn, T., e Spreemann, J. (1983). Perceived Anxiety of Elite Junior Wrestlers. Journal of Sport Psychology, 5 , 58-71.
Krane, V. Gould, D. The arousal-athletic performance relationship: Current status and future directions Advances in sport psychology (1992) Horn, Thelma S. Champaign, IL: Human Kinetics Publishers.
Landers, D.M. (1982). Arousal, attention and skilled performance. Further Considerations. Quest, 33 (2), 271-283
Magill, R.A. (1982). Motor Learning Concepts and Applicatins (3rd ed.) Dubuque, Iowa: WCB. Wm.C.Brown Company Publishers.
Martens, R. (1977). Sport Competion Anxiety Test. Champaign, Illinois: Human Kinetics Publishers
Martens, R., Vealey, R. e Burton, D. (1990). Competitive Anxiety in Sport. Champaign, Illinois: Human Kinetics Publishers.
Nideffer, R.M. (1976). Test of Attentional and Interpersonal Style. Journal of Personality and Social Psychology, 34(3), 394-404.
Orlick, T. e Botteril, C. (1975). Every kid can win. Chicago: Nelson-Hall. Wrestlers. Journal of Sport Psychology, 5, 58-71. Orlick, T. e Botteril, C. (1975). Every kid can win. Chicago: Nelson-Hall.
Pargman, D. (1993). Individual differences: cognitive and perceptual styles. In Robert N.Singer, Milledge Murphey e L.Keith Tennant (Eds.), Handbook of Research in sport Psychology (pp.379-401). New York: MacMillan Publishing Company.
Zaichkowsky L, Takenaka K – Optimizing arousal level. In. Singer RN, Murphey M, Tennant LK eds. Handbook of Research on Sport Psichology. New York, MacMillan, 1993.

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