COSTA, R.A et al destacam três hipóteses que tentam explicar a ação dos exercícios sobre a ansiedade e depressão.
O mesmo autor considera que muito embora não seja possível confirmar ainda e categoricamente alguma relação causal explícita e direta entre a atividade física e a redução da ansiedade e/ou da depressão, algumas considerações podem ser adotadas que faz o National Institute of Mental Health (órgão estatal norteamericano que avalia a saúdem mental) sobre a atividade física e sua relação com o estresse e depressão. São elas:
a) a condição física se encontra positivamente ligada à saúde mental e ao bem estar;
b) a atividade física se acha associada à redução das emoções relativas ao estresse, tais como o estado de ansiedade;
c) a atividade física está ligada a uma visível redução do nível moderado de depressão e ansiedade;
d) a atividade física, em logo prazo pode ser acompanhada por uma redução dos sintomas neuróticos da ansiedade;
e) as depressões dos tipos moderada-grave ou grave e severa podem exigir um tratamento profissional que pode incluir a prescripção de medicamentos, a eletroconvulsoterapia ou a psicoterapia. Para esses casos a atividade física serveria de complemento;
f) uma atividade física adeqüada se acompanha da redução de alguns indicadores de estresse, como por exemplo, a tensão neuromuscular, a freqüência cardíaca em reposo e alguns hormônios relacionados ao estresse (corisol, adrenalina...);
g) no plano clínico, é opinião atual que a atividade física produz efeitos emotivos benéficos em quaisquer idades e sexos;
h) as pessoas com um bom estado físico que necessitam um medicamento psicotrópico podem praticar com total segurança uma atividade física sob vigilância médica.
Voltando a WEIMBERG (1997), que faz referências a outros autores que avaliaram a redução da ansiedade, relacionando-a à intensidade e tipo dos exercícios, o tipo de exercício físico mais intenso (aeróbico, em especial a corrida a pé, a natação e, principalmente a própria dança aeróbica, conhecida no Brasil atualmente como Fitness) parece influir positivamente para redução do estado de ansiedade entre 2 e 24 horas depois do exercício.
Este efeito pode se extender até 15 semanas depois dessa prática aeróbica e parece ser maior quando a prática do exercício estimula uma freqüência cardíaca até 70 % da freqüência máxima do esportista em questão, enquanto as sessões de intensidade mais baixa ou moderada não parecem contribuir na redução da ansiedade. Tais resultados indicariam que a atividade física praticada diariamente, não apenas poderia reduzir a ansiedade, assim como poderia prevenir o desenvolvimento da ansiedade crônica.
Os esportes são vinculados ao bem estar psicológico, segundo WEIMBERG (1997) que transcreve um quadro de TAYLOR sugerindo que, em geral, o esporte diminuiria a ansiedade, a depressão, a tensão, a ira, as fobias, além de melhorar a autoconfiança e a estabilidade emocional.
Para o controle da Ansiedade a Psicologia do Esporte recomenda a aplicação de Técnicas de Relaxamento sobre Tratamentos da Depressão, que podem ser utilizadas durante as aulas de alongamento ou no esfriamento dos exercícios físicos em geral.
Outra forma de controle da ansiedade se dá através de jogos, pois, se o "Ego" é a expressão do princípio da realidade que se desenvolve a partir do "real", o jogo seria um meio de descarregar impulsos agressivos, pouco aceitáveis pela sociedade. A visão psicanalítica freudiana enfoca o jogo como uma forma de mecanismo de defesa do Ego contra a ansiedade frente às situações da vida cotidiana. Tal mecanismo de defesa pode vir através de fantasias, cujo aspecto simbólico carrega a tentativa de lidar com a angústia associada aos aspectos racionais DAMÁZIO, (1997).
DAMÁZIO, W. A ansiedade no voleibol. 1997. Trabalho de Conclusão de Curso - Instituto de Biociências - Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 1997.
QUADROS JR AC; JOSEANE VICENTIM J; CRESPILHO D. Relações entre Ansiedade e Psicologia do Esporte Internet disponível em Revista Digital - Buenos Aires - Año 11 - N° 98 - Julio de 2006.
VIANA, M. Competição, ansiedade e autoconfiança: implicações na preparação do jovem desportista para a competição. Treino Desportivo. Lisboa: II série, n. 13, p. 52-61, 1989. QUADROS JR AC; JOSEANE VICENTIM J; CRESPILHO D. Relações entre Ansiedade e Psicologia do Esporte Internet disponível em Revista Digital - Buenos Aires - Año 11 - N° 98 - Julio de 2006
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