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Alô queridos!!!

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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Depressão pode ser causada por estresse no trabalho

Você sabia que o estresse no trabalho é uma das maiores causas causas da depressão?
Pois é, em longo prazo, os efeitos da rotina extremamente estressante com pressão contínua na busca de resultados e melhora de desempenho são fatores que podem afetar diretamente a qualidade de vida e saúde do empregado.
E isso é algo que está se tornando cada vez mais comum.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2020 a depressão passará da 4ª para a 2ª colocada entre as principais causas de incapacidade para o trabalho no mundo. No mundo, estima-se que 121 milhões de pessoas sofram com a depressão, 17 milhões delas somente no Brasil.
Os quadros de depressão não tratados podem resultar no afastamento das atividades, chegando até a demissão, já que a baixa produtividade e o desinteresse pela rotina podem afetar a avaliação da empresa sobre o funcionário.
O Ministério da Previdência Social avaliou números de afastamento do trabalho e constatou que os transtornos mentais e comportamentais representaram mais de um terço dos casos entre 2000 e 2005. De acordo com o Ministério, as áreas profissionais mais afetadas pelos transtornos do humor são mercado financeiro, refino de petróleo, transporte ferroviário urbano e bancos comerciais.
Ainda de acordo com a OMS, 75% das pessoas que tem depressão nunca receberam um tratamento adequado o que agrava ainda mais a situação de quem enfrenta uma doença como esta. Por isso, é importante estar atento aos sintomas para poder buscar o tratamento. Confira os principais:
Emocionais: tristeza, perda de interesse, ansiedade, angústia, desesperança, estresse, culpa, ideação suicida.
Físicos: baixa energia, alterações no sono, dores inexplicáveis pelo corpo (sem causa clínica definida), dor de cabeça, dor no estomago, alterações no apetite, alterações gastrintestinais, alterações psicomotoras, entre outras.
Por Vila Sucesso
Disponível na Internet em http://vilamulher.terra.com.br/

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Caminhada previne ganho de peso com a idade

Caminhada previne ganho de peso com a idade, diz pesquisa
Estudo revela que 30 minutos de caminhada podem ser suficientes
Caminhe para prevenir o ganho de peso provocado pela idade
Apenas 30 minutos de caminhada por dia podem ser o suficiente para evitar o aumento de peso que ocorre com o envelhecimento, segundo estudo da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
A pesquisa acompanhou durante 15 anos cerca de 5 mil pessoas com idades entre 18 e 30 anos. Os pesquisadores descobriram que, entre as mulheres mais pesadas, meia hora de caminhada todos os dias reduzia em até 450 gramas por ano o ganho de peso que costuma acompanhar o envelhecimento. Entre os homens, esse aumento no nível de atividade física também fazia efeito, mas de forma menos significativa.
Com isso, os especialistas concluíram que "caminhar é de particular relevância porque é geralmente uma forma barata e acessível de atividade física para muitas pessoas" e pode "melhorar não apenas o controle do peso como também a saúde pública geral"
Fernando Fischer
Disponível na Internet em Caminhada previne ganho de peso com a idade http://www.revistasportlife.com.br

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Cigarro atrapalha o paladar

De acordo com pesquisa realizada na Grécia, o tabagismo altera o formato e a sensibilidade das papilas gustativas
Nicotina causa mudanças funcionais e morfológicas nas papilas gustativas.
O hábito de fumar não apenas aumenta o risco de câncer e doenças cardiovasculares, mas também atrapalha o paladar, deixando os alimentos menos saborosos, segundo estudo da Universidade Aristóteles, na Grécia.
De acordo com os pesquisadores, o tabagismo pode afetar o formato das papilas gustativas e a formação de vasos sanguíneos no local. Foram avaliados 62 homens jovens das forças armadas gregas (metade dos quais eram fumantes), que tiveram a sensibilidade gustativa e o número e formato de suas papilas gustativas medidos. E as análises indicaram que as papilas gustativas dos fumantes eram mais lisas do que a dos não-fumantes.
Os pesquisadores explicam que “a nicotina pode causar mudanças funcionais e morfológicas” nas papilas gustativas, sem afetar severamente seu número, e isso faria do tabagismo um importante fator de redução da sensibilidade do paladar. “Diferenças estatisticamente importantes entre o paladar dos fumantes e dos não-fumantes foram detectadas”, destacaram os autores, ressaltando que mais estudos são necessários para confirmação.
Fernando Fischer
Disponível na Internet em Cigarro atrapalha o paladar

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Capacidade de VO2 máximo para indivíduos fumantes e não fumantes...

CAPACIDADE DE VO2 MÁXIMO PARA INDIVÍDUOS FUMANTES E NÃO FUMANTES
Resumo
A predominância do tabagismo é baixa entre as pessoas que praticam exercícios.

Em repouso e, numa menor extensão, durante o exercício, a nicotina da fumaça do cigarro aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial, diminui o débito sanguíneo cardíaco e aumenta e demanda de oxigênio pelo músculo cardíaco.

No exercício, a nicotina também aumenta os níveis de lactado no sangue, porém, não existem evidências conclusivas de que o exercício auxilia as pessoas a interromper o hábito de fumar, mas a maioria dos programas de interrupção incluem o exercício como componente vital.

Objetivo foi quantificar a capacidade de VO2 máximo durante a realização do teste de 12 minutos, onde participaram 9 indivíduos fumantes e não fumantes.

Quanto aos resultados: para os fumantes existe uma relação entre o tempo em que foi fumado o último cigarro com o exercício e que a capacidade de VO2 máximo é menor do que no indivíduo não fumante.

Unitermos: Tabagismo. Exercício físico. VO2 máximo.
Disponível on line emhttp://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 85 - Junio de 2005







quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Meditação contra a dor

Cientistas dizem que praticar a meditação aumenta o volume de área do cérebro que regula as dores

Aumento do volume de áreas específicas do cérebro reduz sensibilidade à dor

A meditação pode ajudar as pessoas a reduzir sua sensibilidade à dor ao aumentar o volume de áreas específicas do cérebro, segundo cientistas da Universidade de Montreal, no Canadá.
Em artigo publicado na revista da Associação Americana de Psicologia, os especialistas destacam os resultados de um estudo com 35 pessoas que tinham dores crônicas, indicando que os praticantes de meditação apresentaram, em ressonância magnética, maior espessura de uma região central do cérebro que regula a dor - o cíngulo anterior.

Além disso, os “zen meditadores” tinham menos sensibilidade à dor causada por um aparelho de calor. “Através do treinamento, os ‘zen meditadores’ parecem aumentar certas áreas de seu córtex, e isso parece estar por trás de sua menor sensibilidade à dor”, disse o pesquisador Joshua A. Grant, líder do estudo. “Descobrimos uma relação entre o espessamento cortical e a sensibilidade à dor que apoia nossos estudos prévios em como a zen meditação regula a dor”, concluiu, acrescentando que além de ajudar a reduzir a dor crônica, a meditação pode ajudar a prevenir a redução de massa cinzenta causada pelo envelhecimento ou decorrente de problemas como o derrame.
Fernando Fischer

Sport Life

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Benefícios das atividades aeróbias e não aeróbias para dependentes químicos

Atividades aeróbias:
São atividades como a caminhada, bicicleta:
Aeróbias principalmente quando praticadas por pessoas sedentárias.
O consumo de cocaína, maconha, tabaco e álcool, resulta nas alterações das principais vias nervosas.
O aumento da exigência metabólica resulta na adaptação destas diversas vias nervosas
Destacando como principais benefícios:
Normalização dos níveis de áreas da atenção, memória e controle motor .
Controle da ansiedade.
Melhora :
Condicionamento cárdio- respiratório.
Coordenação.
Auto-estima.
Grande bem estar.
Socialização.
Prevenção de várias doenças.
Aumento:
Dos níveis de Serotoninanas áreas de humor.
De síntese e liberação de Endorfinas.
Taxa basal.
Flexibilidade.
Tônus muscular.
Agilidade.
VO2 máximo.
Ventilação pulmonar.
Diminuição :
Depressão.
Compulsão.
Estresse.
Freqüência cardíaca em repouso.
Pressão arterial .
Gordura corporal.
Atividades não aeróbias:
Os benefícios decorrentes do exercício anaeróbio podem ser tanto físicos como psicológicos e podem também, diferenciar conforme o tipo, a duração, freqüência e a modalidade do exercício. (Barbanti,


O exercício não aeróbio quando executado de maneira planejada, estruturada, e repetitiva apresenta outro aspecto bastante importante a ser considerado que é melhorar o condicionamento físico, obtendo o aumento ou a manutenção da saúde e a aptidão física; desenvolvendo a força e resistência muscular localizada. Flexibilidade, elasticidade, alongamento.

Melhoram:
  • O humor geral e auto-conhecimento
  • Sintomas de estresse, depressão e ansiedade.
  • A auto-imagem, auto-estima e confiança.
  • Fadiga ou perda de energia

 As atividades não aeróbias recomendadas são: musculação, exercícios localizados, alongamento e yoga.
FONTES
BARBANTI, E. J. Efeito da Atividade Física na Qualidade de Vida Em Pacientes com Depressão e Dependência Química. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v11, n 1, p. 37-45. 2006.
FERREIRA, S E; TUFIK, S; MELLO, M. T. Neuroadaptação: uma proposta alternativa de atividade física para usuários de drogas em recuperação. Rev. Bras. ciênc. Mov, 9 (1), 2001.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Psicologia do Esporte de Reabilitação

Na Psicologia do Esporte encontra-se a chamada de Reabilitação e à Psicologia do Esporte de Reabilitação aplicada ao Rendimento. No primeiro caso os conhecimentos são desenvolvidos para o uso do esporte como instrumento de reabilitação social, ou seja, o esporte é um meio para a re-inserção do deficiente ao convívio social. Este tipo de intervenção da Psicologia do Esporte não se aplica somente aos portadores de deficiências físicas, mas às pessoas com diferentes tipos de necessidades especiais como, por exemplo, cardiopatas, diabéticos, portadores de depressão e dependência química.No caso do atleta lesionado, tem-se a aplicação de estratégias diferenciadas para auxiliar no processo de recuperação física e emocional de uma atleta que está ou esteve distante dos treinos, provas e competições em função de alguma patologia de ordem físico-motora. Os instrumentos e estratégias específicos da Psicologia do Esporte nas duas situações dependerão da situação e condições específicas em que se dará a intervenção do Psicólogo, deixando claro que não existem receitas prontas para qualquer intervenção em Psicologia, mas uma diretriz que deve ser guiada pela ética profissional e pelos objetivos definidos em conjunto entre o psicólogo, a pessoa com quem se realiza a intervenção. O trabalho do psicólogo do esporte terá melhores resultados e será mais eficiente quanto maior for a comunicação e atuação conjunta com os profissionais envolvidos, quer sejam médicos, fisioterapeutas, educadores físicos ou mesmo terapeutas.É importante lembrar que o atleta, antes de ser um atleta é um ser humano e precisa ser tratado como tal. O trabalho com equipe multidisciplinar (Psicólogo/ Médico/ Fisioterapeuta/ Nutricionista/ Educador Físico...) tem mostrado um resultado interessante para o atleta, seja de modalidade individual ou coletiva. O trabalho precisa envolver todas as áreas, para que o trabalho seja realmente efetivo.
Esporte para atletas portadores de necessidades especiais
Sabe-se que deficiente tem limitado seu potencial devido a uma deficiência, expressa principalmente pela dificuldade em realizar movimentos. Assim, o movimento toma contornos de uma importância fundamental na vida do deficiente (Barbanti 2002). Sendo assim a pratica esportiva é fator incontestável no processo de reabilitação e inclusão social, e com o tempo, essa pratica toma novos rumos. O simples ato de praticar atividades físicas começa ter outro sentido. Começa a se aventurar nas primeiras competições sem pretensões ousadas de vitórias, porem com o passar do tempo e muito treinamento os bons resultados começam a aparecer, a motivação pela pratica esportiva aumenta e a expressão atleta surge. Aos poucos esse atleta deficiente físico se inclui no esporte de rendimento. Esporte esse que Barbanti (2002) defende que deve seguir as mesmas regras e normas do esporte em geral. No entanto, diz que podemos estar incorrendo em um erro, pois evidenciamos as diferenças as quais não queremos que existam. Por isso o esporte para deficientes físicos segue uma classificação mundial conhecida como classificação médico-desportiva. Essa classificação separa as deficiências pela sua natureza e é utilizada, por exemplo, nos jogos para-olímpicos que são considerados o segundo maior acontecimento esportivo mundial.Para atletas normais a mais importante competição mundial é a Olimpíada e temos também a Para-Olimpíada, competição essa que somente competem atletas portadores de deficiência. O Brasil vem aumentando significativamente sua participação na Para-Olimpíada, segundo o Comitê Paraolímpico Brasileiro (2005). Um dos benefícios que são conseqüência desses eventos é a possibilidade de avaliar esses atletas como na pesquisa realizada por Labronci et al. (2000) que teve como objetivo avaliar o esporte como método de reabilitação e analisar os aspectos físicos, psicológicos e sociais dos portadores de limitação física, Os resultados obtidos estão relacionados com altos índices de desempenho esportivo e o alto vigor não tem correlação com o tempo de limitação física ou com o tipo da limitação. Parecendo para eles uma característica individual, o que faz procurarem alternativas que o permita ultrapassar barreiras instransponíveis.
Bibliografia
Barbanti, V.J. et al. (2002). Esporte e Atividade Física: Interação entre rendimento e saúde. 1 º. Ed. Manole - São Paulo
Labronci, R; Cunha, M.C.B; Oliveira, ASB. Gabbai, A.A ( 2000). Esporte como fator de integração do deficiente físico na sociedade. Arq. Neuropsiquiatria;58 (4):1092-1099.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Publicação do NUPSEA

Livro Psicologia do esporte de reabilitação: Exercícios Físicos e Depressão
Autora: Eliane Jany Barbanti
Para adquirir entrar em contato pelo e-mail elianeba@usp.br

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O que é o NUPSEA


O que é o NUPSEA
NÚCLEO DE PSICOLOGIA DO ESPORTE E EXERCÍCIOS FÍSICOS
-
A Psicologia do Esporte estuda os fatores comportamentais relacionados à prática de esportes e exercícios físicos.
Vários outros segmentos da Psicologia têm influenciado a Psicologia do Esporte na medida em que contribuem para a ampliação do conhecimento dos fenômenos psicológicos que englobam o exercício físico e o esporte. Entre eles, a psicologia cognitiva, psicologia social, social experimental, a do desenvolvimento, a clínica, a organizacional, a da personalidade e a educacional e de reabilitação.
No contexto desse ramo da Psicologia do Esporte de Reabilitação o exercício físico é utilizado para proporcionar uma melhora na qualidade de vida de pessoas com diferentes tipos de necessidades especiais como, por exemplo, depressivos, dependentes químicos, cardiopatas, diabéticos e portadores de deficiência.
O NUPSEA é coordenado pela educadora de práticas esportivas, professora Eliane Jany Barbanti, que possui mestrado em Psicologia do Esporte pela Universidade de Iowa, nos Estados Unidos.
O núcleo oferece três programas: "Exercícios Físicos para Dependentes Químicos", "Programa Complementar ao Tratamento da Depressão" e "Exercícios Físicos Antitabagismo".
Atende professores, alunos e funcionários da USP, além das pessoas que não têm vínculo com a universidade, que apresentem problemas de depressão e tabagismo.
O Núcleo trabalha em parceria com o Hospital Universitário (HU) e a Unidade Básica de Atendimento ao Servidor (UBAS).
Você poderá encontrar o artigo de nossa autoria publicado também pela Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde na Revista Brasileira de AFS
Efeito da atividade física na qualidade de vida em pacientes com depressão e dependência química 2006    e outra tais como:
Avaliação da eficiência e eficácia da prática de diferentes exercícios aeróbios e alongamento na qualidade vida no tratamento da depressão 2007
Benefícios psicológicos do exercício físico nas mudanças de humor para tabagistas e dependentes químicos em recuperação 2008
Formulação de Tabelas de Referência para a Avaliação do Desempenho em Exercícios Localizados de Alunas do CEPEUSP 2009
Programa Complementar no Tratamento da Depressão
Este programa oferece atividades físicas para indivíduos com quadro clínico de episódios depressivos leves e moderados que estejam em tratamento da depressão e que estejam sendo medicados. A característica principal do Programa é complementar o tratamento da depressão para reduzir ou eliminar os sintomas.
A depressão é uma doença com sintomas bem específicos, emocionais e físicos; bem diferente da tristeza ou do baixo astral, e pode ser diagnosticada quando estes perduram pôr no mínimo duas semanas.
A prática de exercícios e a intervenção medicamentosa têm sido utilizadas simultaneamente com sucesso no tratamento da depressão.
Evidências científicas indicam que, com supervisão médica apropriada, não há riscos adicionais para a saúde quando os exercícios físicos são associados ao tratamento medicamentoso.
  • Programa Exercício Físico para Grupo Antitabagismo
Possui as mesmas características do Programa Complementar ao Tratamento da Depressão é realizado nos mesmos dias e horários desta Programação.
Atua no controle da ansiedade. Prevenção de várias doenças.
Aumento: Dos níveis de serotonina nas áreas de humor. Síntese e liberação de endorfinas. Taxa basal. Da força e resistência muscular; flexibilidade, do tônus muscular, da agilidade.
Diminuição: da gordura corporal, depressão, compulsão e estresse.
  • Programa para dependentes químicos em recuperação
A dependência química de drogas psicotrópicas - aquelas utilizadas para produzir alterações na consciência, nas emoções e sensações - é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como uma doença. E para complementar o tratamento dos dependentes químicos em geral, oferecido pelo Hospital Universitário, além dos grupos de tabagismo da UBAS, o Cepeusp oferece, por meio do NUPSEA, um programa de atividades específicas.
O programa oferece exercícios físicos para indivíduos que estejam em recuperação da dependência química e tratamento ambulatorial e ou em grupos de ajuda como AA, NA, etc.
Tem como objetivo melhorar a condição física e mental destes pacientes e normalizar os níveis de áreas da atenção, memória e controle motor, além de controlar a ansiedade. Contribui também para o aumento dos níveis de serotonina nas áreas de humor, da síntese e liberação de endorfinas, da taxa basal, da força e resistência muscular, da flexibilidade, do tônus muscular e da agilidade, reduzindo a gordura corporal, a depressão, a compulsão e o estresse.

As atividades consistem em caminhar 20 minutos, pedalar 20 minutos, exercícios localizados 20 minutos e alongamento 30 minutos.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Dia Mundial sem tabaco

No próximo domingo, dia 31 de maio (31/05), comemoram-se o Dia Mundial Sem Tabaco.
Um terço da população adulta fuma no Brasil: 11,2 milhões de mulheres e 16,7 milhões de homens, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Instituto Nacional do Câncer. Cerca de 80 mil pessoas morrem ao ano, no Brasil, por complicações causadas pelo fumo.
Em comemoração ao Dia Mundial sem Tabaco, o News.med.br organizou um material para seus pacientes, com dados atuais, informações úteis e métodos para abandonar o vício.
Baixe material de apoio a pacientes que desejam parar de fumar:
>> Baixe e distribua material de apoio a pacientes que desejam parar de fumar (pdf).

31 de maio - Dia Mundial sem Tabaco
Com o apelo da OMS pela proibição mundial do fumo em locais públicos fechados, a marca da campanha de 31 de maio, Dia Mundial sem Tabaco, é a proteção aos fumantes passivos.
Dados da OMS apontam que cerca de 200 mil pessoas morrem diariamente em decorrência de doenças ligadas à exposição ao cigarro em ambientes como locais de trabalho, por exemplo.
De acordo com a OMS, a melhor forma de proteger os fumantes passivos é banir completamente o fumo de locais fechados, uma vez que não há nível de exposição seguro para pessoas que convivem com fumantes. Para a OMS, a interdição do cigarro não deveria ser voluntária, mas arbitrária e acompanhada de medidas como cobranças de multas.
A recomendação é que empresas privadas e governos adotem a proibição por completo do tabaco em suas dependências, ressaltando que medidas paliativas como sistemas de ventilação e a instalação de áreas de fumantes já se mostraram ineficientes na proteção aos fumantes passivos.
Fonte: OMS
Informações complementares:
Complementos
22/04/2009 14:16 - Complemento feito por ZeropiúNova terapia.
Está provado cientificamente (na acupuntura, auriculoterapia e eletroestimulaçao) que, estimulando determinados pontos da orelha, os neurotransmisores são induzidos a produzir endorfinas.
Zerosmoke é uma nova terapia patenteada, que une as vantagens de sistemas válidos já utilizados em auricoloterapia, aliadas a uma tecnologia com resultados excepcionais (mais de 80% de sucesso) nos tratamentos anti-tabágicos.É uma terapia que pode ser feita tranquilamente sozinho em casa sem ir em centros ou consultórios médicos. Os dois biomagnetes Zerosmoke colocados na posição contraposta numa determinada zona da orelha, atraem-se entre si, exercendo uma estimulante pressão duradoura que activa os neurotransmisores e elimina o desejo de fumar. Nenhuma contra-indicação e não tira o tempo das próprias ocupações.
O método vem acompanhado de um manual com as instruções de utilização e um guia para o primeiro mês como não fumador, da autoria do CENTRO EUROPEU CONTRA O FUMO.
As instruções do manual incluem também linhas orientadoras em Português da autoria de Arizona Smokers Helpline ,University of Arizona, Tobacco Education and Prevention Program, Arizona Department of Health Services. Este kit representa assim uma valia a mais para quem pretende deixar de fumar.

Deixando de Fumar sem MistérioAos Coordenadores Municipais e Estaduais de Controle do TabagismoPara facilitar o processo referente ao tratamento do tabagismo na rede SUS, disponibilizamos a cópia em pdf do Manual do Participante "Deixando de Fumar sem Mistério", para baixar ou imprimir. Veja mais aqui:

segunda-feira, 20 de maio de 2013

O esporte como parte do tratamento da dependência química em um caps AD ii: Uma visão inclusiva

Laranjo ,Thaís Helena Mourão; Santos , Érico Murillo de Almeida; Amorim , Bruno Vizolli.;  

1.Introdução 

O Centro de Atenção Psicossocial em álcool e drogas (CAPS ad II) de Ermelino Matarazzo (EM) é um serviço ambulatorial de saúde que tem por objetivo atender dependentes de álcool e outras drogas em diferentes níveis de intensidade. Este serviço foi estabelecido em julho de 2004 através de convênio entre a Secretaria Municipal de Saúde da Cidade de São Paulo e a Associação Saúde da Família. O CAPS ad II EM se localiza na Zona Leste, região da periferia de São Paulo e atende pessoas das regiões de Ermelino Matarazzo, São Miguel Paulista e Distrito Administrativo de Itaquera. Esta é uma área com aproximadamente 600.000 habitantes. A maioria dos pacientes que frequentam o CAPS ad II EM são homens e por isso surgiu a ideia de realizar uma oficina terapêutica de futebol.

1.1 Esporte x Dependência Química

 É sabido que atividade física não se resume às práticas esportivas competitivas; brincadeiras de rua, jogos recreativos, danças, lutas, caminhada e corrida também são do universo da atividade física, assim como os esportes coletivos e individuais. Faz-se necessário entender que o esporte, neste caso o futebol, pode ser usado de modo a diminuir o valor dado à competição, para que seja possível tornar evidente outras características deste esporte, tais como, trabalho em equipe, respeito às regras e as pessoas envolvidas no jogo, respeito aos limites do corpo humano, diversão, lazer, benefícios à saúde e promoção do bem estar físico e mental.
BARBANTI et al afirma que (...) “o esporte pode e deve fazer parte da felicidade do homem, seja por características biológico-naturais ou pelas sócio-culturais”, em concordância BYINTON diz que “o esporte pode ser uma forma de educar o corpo para obter saúde, qualidade de vida e bem estar físico e mental”. Observando as opiniões destes dois autores é possível perceber que o esporte se vale de características que influenciam diretamente diversos aspectos da vida humana, seja emocional, racional ou físico.
Os dependentes químicos não constituem um grupo homogêneo, embora certas características comuns possam ser observadas. A baixa autoestima, as dificuldades de relacionamento e a resistência para seguir normas e regras podem ser superadas através do esporte. Outra característica comum entre os dependentes químicos é a baixa tolerância à frustração, que nos remete a questão do ganhar e do perder que, evidentemente, está presente no jogo e no esporte.
Ferreira et al (2001) complementa, “Além de adaptações físicas, atribuem-se ao exercício alterações comportamentais, com substancial evidência de que indivíduos envolvidos em programas de exercícios experimentam efeitos positivos na saúde, com partes deles observados após sua execução, em relação aos estados de humor.
A “mecânica terapêutica” pelo esporte funciona de maneira simples: Estímulo– resposta–reflexão–novo conceito/procedimento/atitude. Basicamente o paciente é estimulado a buscar novas alternativas enquanto joga futebol. Deste modo espera-se que ele se aproprie das mudanças propiciadas pela reflexão feita na oficina de futebol para o jogo e as amplie para outras esferas da vida, CHOSHI (2000).

2. Objetivos 

Pretende-se, com este trabalho, mostrar o potencial terapêutico dos vários tipos de atividade física para a dependência química, a começar pelo futebol, um esporte com altíssimo índice de aceitação entre os homens brasileiros.

3. Métodos 

Foram realizados 14 treinos, 11 reuniões e 7 jogos ao longo do segundo semestre do ano de 2005. Passaram pela oficina de futebol 14 pacientes, chegando ao campeonato um time com 11.
Nas reuniões procurou-se estimular a reflexão acerca dos sentimentos e emoções que se manifestam durante a prática do futebol fazendo-se uma correlação com situações cotidianas da vida. Destacou se a agressividade e a possibilidade de contê-la, a o que significa ser um time e jogar coletivamente.
Nos treinos os pacientes foram expostos à situações problema (estímulo) gerando vários tipos de reação (resposta ao estímulo). A partir da reação faz-se com o paciente ou com o grupo uma reflexão, buscando criar um novo conceito, procedimento ou atitude, que podem ou não ser unânimes.
Passada a sequência de reuniões e treinos (preparação), os pacientes foram inscritos em um campeonato de Futebol de salão chamado “Copa da Inclusão”.
A “Copa da Inclusão” é um evento anual organizado por pessoas ligadas ao Conselho Regional de Psicologia de São Paulo e à ONG da Inclusão, em que, participam instituições que oferecem tratamento na área de saúde mental.

 4. Resultados e Conclusão 

Durante a copa da inclusão mantivemos a realização das reuniões com o time de futebol e alguns pacientes puderam falar sobre a fissura que sentiam em todas as situações que envolvem o jogo de futebol como por exemplo ir no ônibus cantado, pois isto estava frequentemente ligado ao uso de drogas. Com isso pudemos conversar sobre essas dificuldades. Alguns pacientes quiseram desistir e nas reuniões foram estimulados a continuar e assim o fizeram.
O time do CAPS ad II Em foi campeão da série prata na copa da Inclusão de 2005, isso serviu como estímulo aos pacientes. Alguns relataram jogar sem uso de álcool e outras drogas pela primeira vez. Essa conquista representou a possibilidade concreta de vencer obstáculos sem uso de drogas. Além disso o time cometeu, em média, 04 faltas por jogo durante o campeonato, o que é considerado um índice baixo e uma vitória para um grupo com grande dificuldade em se controlar no início dos treinos.
Assim, pudemos constatar a importância da oficina de futebol no tratamento dos dependentes químicos do CAPS ad IIEM.

5. Referências 

BARBANTI, Valdir José. “Esporte e atividade física: interação entre rendimento e saúde”. Editora Manole,2002.
BYINGTON, Carlos Amadeu Botelho.”A riqueza do futebol”. Revista Psique Ciência&Vida,p22- 33, 2006.
CHOSHI, Koji. Aprendizagem motora como um problema mal-definido. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, Suplemento, n. 3, p. 16-23, 2000. Apoio: www.newtimecomex.com.br capsadermelino@saudedafamilia.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Hábito de fumar prejudica aparelho digestivo


A degradação começa desde a boca e vai até o intestino delgado
Hábito de fumar prejudica aparelho digestivo
HOUIN / BSIP/BSIP/Corbis
O hábito de fumar pode causar aumento da acidez, retardando a cicatrização de úlceras do estômago e do duodeno. A degradação começa desde a boca e vai até o intestino delgado (duodeno).
Na boca, provoca problemas dentários e halitose (mau hálito). No esôfago e estômago, o fumo agride a mucosa deixando o trato gástrico propenso à gastrite e úlcera.
As principais doenças relacionadas com o hábito de fumar são câncer do tubo digestivo, refluxo gastroesofágico, úlcera gastroduodenal e inflamação no pâncreas.
"Os fumantes podem cultivar outros hábitos danosos ao aparelho digestivo, como consumo excessivo de café e álcool", explica o endoscopista Fauze Maluf Filho, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).
Segundo ele, a saída para evitar os malefícios do cigarro é parar de fumar. "Na maioria dos casos que o paciente apresenta algum problema no aparelho digestivo e fumou por um longo tempo, tende a ter uma recuperação muito tardia em relação àquele que não fuma", diz o médico.
Outro cuidado especial aos que pararam de fumar é manter uma dieta saudável, pois a interrupção do uso do cigarro gera ansiedade, o que aumenta a ingestão de alimentos e o aumento de massa corporal.
Natália Farah 

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Contribuições do exercício na prevenção das quedas


Saiba que o exercício também contribui na prevenção das quedas mediante diferentes mecanismos:
O fortalecimento dos músculos das pernas e costas.
Melhora a velocidade de andar.
Manutenção do peso corporal.
Incrementa a velocidade.
Melhora dos reflexos.
Melhora da mobilidade.
Melhora a sinergia motora das reações posturais.
Diminuição do risco de doença cardiovascular.
Matsudo & Matsudo (1999, 2000), reiteram a prescrição de atividade física enquanto fator de prevenção de doença e melhoria da qualidade de vida.
FONTE:MATSUDO, V. K. R. Vida ativa para o novo milênio. Revista Oxidologia, p.18-24, set/out,1999.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

O Que é Depressão

     O Que é Depressão?   
Resultado de imagem para imagens depressãoA depressão é uma doença "do organismo como um todo", que compromete o físico, o humor e, em consequência, o pensamento. A Depressão altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a realidade, entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e o prazer com a vida. Ela afeta a forma como a pessoa se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e como pensa sobre as coisas. A Depressão é, portanto, uma doença afetiva ou do humor, não é simplesmente estar na "fossa" ou com "baixo astral" passageiro. Também não é sinal de fraqueza, de falta de pensamentos positivos ou uma condição que possa ser superada apenas pela força de vontade ou com esforço. As pessoas com doença depressiva (estima-se que 17% das pessoas adultas sofram de uma doença depressiva em algum período da vida) não podem, simplesmente, melhorar por conta própria e através dos pensamentos positivos, conhecendo pessoas novas, viajando, passeando ou tirando férias. Sem tratamento, os sintomas podem durar semanas, meses ou anos.
O tratamento adequado, entretanto, pode ajudar a maioria das pessoas que sofrem de depressão. A Depressão, de um modo geral, resulta numa inibição global da pessoa, afeta a parte psíquica, as funções mais nobres da mente humana, como a memória, o raciocínio, a criatividade, a vontade, o amor e o sexo, e também a parte física. Enfim, tudo parece ser difícil, problemático e cansativo para o deprimido. A pessoa deprimida não tem ânimo para os prazeres e para quase nada na vida, de pouco adiantam os conselhos para que passeiem, para que encontrem pessoas diferentes, para que frequentem grupos religiosos ou pratiquem atividade exóticas. Os sentimentos depressivos vêm do interior da pessoa e não de fora dela e é por isso que as coisas do mundo, as quais normalmente são agradáveis para quem não está deprimido, parecem aborrecedoras e sem sentido para o deprimido. A Depressão é medicamente mais entendida como um mal funcionamento cerebral do que uma má vontade psíquica ou uma cegueira mental para as coisas boas que a vida pode oferecer. A pessoa deprimida sabe e tem consciência das coisas boas de sua vida, sabe que tudo poderia ser bem pior, pode até saber que os motivos para seu estado sentimental não são tão importantes assim, entretanto, apesar de saber isso tudo e de não desejar estar dessa forma, continua muito deprimido. Portanto, as doenças depressivas se manifestam de diversas maneiras, da mesma forma que outras doenças, como, por exemplo, as do coração.Respondendo a pergunta inicial sobre o que é a Depressão?, podemos dizer:
a Depressão é um Transtorno Afetivo (ou do Humor), caracterizada por uma alteração psíquica e orgânica global, com consequentes alterações na maneira de valorizar a realidade e a vida. Depois dessa explicação seria interessante saber o que é o Afeto, já que a Depressão é uma doença afetiva.
O Que é o Afeto
O Afeto é a parte de nosso psiquismo responsável pela maneira de sentir e perceber a realidade. A afetividade é, então, o a parte psíquica responsável pelo significado sentimental de tudo aquilo que vivemos. Se as coisas que vivenciamos estão sendo agradáveis, prazerosas, sofríveis, angustiantes, causam medo ou pânico, dão satisfação, etc., todos esses valores são atribuídos pela nossa afetividade. Será através de nosso Afeto que o mundo, no qual vivemos, chega até nossa consciência com o significado emocional que tem para nós. A afetividade funciona como as lentes dos óculos através das quais enxergamos emocionalmente nossa realidade. Através dessas lentes podemos perceber nossa realidade com mais clareza ou não, com mais colorido ou não, com mais esperança ou não e assim por diante. Há determinados estados onde a pessoa enxerga sua realidade como se estivesse usando óculos escuros, ou seja, tudo é percebido de maneira cinzenta, escura e nublada. Outros percebem a realidade como se estivessem usando óculos cor-de-rosa, onde tudo parece mais exuberante. Alguns veem o mundo através de uma lupa, onde as questões adquirem dimensões maiores e assim por diante. Tendo em vista o fato da afetividade (lentes do óculos) ser diferente entre as pessoas, alguns sofrerão mais que outros diante de um mesmo problema. Devido a essa sensibilidade pessoal diferente para com a realidade, cada um de nós reagirá à essa realidade também de maneira muito pessoal e diferente. Aqueles que se sentem ameaçados reagem de uma maneira, aqueles que se percebem inseguros de outra, os otimistas de outra ainda, os tímidos, os expansivos, os pensativos, os sentimentais e por aí à fora, cada um reagindo à vida de maneira própria e pessoal. Deve ficar claro que a afetividade não pode ser simplesmente submetida à influência da vontade, portanto, ninguém deseja voluntariamente.
Ter um afeto depressivo, assim como, também, dificilmente alguém conseguirá melhorar seu estado afetivo simplesmente porque um amigo ou pessoa de sua intimidade lhe dê bons conselhos e palavras de otimismo. A afetividade pode ser melhorada e adequada mediante dois procedimentos: com a utilização de medicamentos que atuam nos neutrosmissores e nos neuroreceptores cerebrais e, através de práticas psicoterápicas e psicopedagógicas de aperfeiçoamento da personalidade. Nesse último caso pleiteai-se que a pessoa passe a conhecer melhor as questões de suas emoções e de sua Depressão. Através desse conhecimento pretende-se que a pessoa passe a melhorar sua relação com a realidade e consigo mesma. Devido ao afeto depressivo e negativo, as sensações físicas corriqueiras e habituais em qualquer pessoa são valorizadas pessimistamente nos deprimidos. Uma simples tontura, por exemplo, apesar de ser um acontecimento perfeitamente trivial na vida de qualquer pessoa, é percebida como algo mais sério pelo deprimido, como uma ameaça de desmaio ou coisa assim. Por causa do afeto depressivo as pessoas passam a observar exageradamente o funcionamento de seus organismos. Ora verificando o ritmo intestinal, ora prestando muita atenção às sensações vagas, aos formigamentos, às dores aqui e ali, às indisposições, palpitações e assim por diante.

Como é a Depressão
O quadro da Depressão é o mais variável possível, de acordo com a personalidade da pessoa deprimida. Da mesma forma, como cada um de nós reage diferente aos sentimentos, cada um terá uma maneira pessoal de manifestar sua Depressão. Há pessoas que ficam caladas diante das suas preocupações, outras choram, outras contam suas dificuldades para todo mundo, outras sentem dor de estômago, alguns têm aumento da pressão arterial, enfim, cada um reagirá diferentemente diante de suas emoções. Podemos fazer uma comparação didática entre a depressão e a alergia. A alergia é uma tipo de resposta de nosso organismo à alguma coisa capaz de irritá-lo. Embora várias pessoas possam ser alérgicas, cada qual manifestará sua alergia de maneira particular e será alérgica à diferentes elementos; algumas terão rinite, outras asma, outras ainda urticária ou simples coceiras e assim por diante. O fenômeno em pauta é um só: a alergia. Entretanto, cada organismo tem sua própria maneira própria de manifestá-la. Portanto, aquela velha mania das pessoas ficarem comparando entre si o que sentem não é suficiente para que se dê o diagnóstico de Depressão. Para alguns acontece da Depressão se manifestar através da Síndrome do Pânico, por exemplo, sem tristeza, sem desânimo e sem choro, enquanto, para outros ela se apresenta sob a forma Típica, com tristeza, choro e apatia. Outros ainda, podem apresentar sintomas físicos e assim por diante. Crianças deprimidas, em geral, costumam ir mal na escola, ficam rebeldes, irritadas e não se mostram tristes. Embora em todos os casos haja depressão, não se pode comparar sintomas. O popular Esgotamento pode ser também uma outra forma da Depressão. Sentir-se esgotado é sentir-se sem disposição para a vida. Não para a vida em seu sentido biológico de continuar vivendo, mas à vida em seu sentido cotidiano; falta disposição para continuar, dia após dia, a enfrentar os mesmos problemas corriqueiros, falta disposição para enfrentar a monotonia e a constância da vida, para continuar à fazer as mesmas coisas, para suportar as mesmas pessoas, etc. Esgotamos, por assim dizer, nossa energia e nossa capacidade de adaptação ao trivial, ao feijão-com-arroz de nossa vida cheia de problemas. O que se constata na clínica é que não existe um estado de esgotamento sem que haja também um estado afetivo diminuído. Esse estado afetivo pode ser a causa ou a consequência do esgotamento, ou seja; ou a pessoa teve um episódio depressivo e acabou por entrar em esgotamento ou, ao contrário, começou por apresentar um esgotamento que acabou resultando num estado depressivo.

Na Depressão Típica falta energia para tolerar conviver com nosso próximo, falta tolerância para aceitar o jeito de ser dos outros, falta ânimo para resolver problemas da vida, falta otimismo para acreditar que as coisas estão bem. Hoje, mais do que nunca, há uma tendência (científica) em aceitar o fato da Depressão, seja por esgotamento ou sem motivos aparentes, ser consequência não apenas das experiências de vida atuais ou do passado, como se pensava antes mas, principalmente, causada por uma determinada alteração orgânica-cerebral (física).
Como dissemos antes, podemos dividir a Depressão em dois tipos básicos:
a Depressão Típica, com todos os sintomas emocionais percebidos e sentidos pelas pessoas de maneira franca, ou seja, com um quadro predominantemente emocional de indisposição, insegurança, angústia, tristeza, apatia, desânimo, etc. e
a Depressão Atípica, ou seja, com sintomas que não sugerem (à primeira vista) tratar-se de uma Depressão mas que equivalem à ela em sua essência.

Tipos de Depressão
À Depressão pode se manifestar como Depressão Típica ou Depressão Atípica.
A Depressão Atípica é uma maneira disfarçada da Depressão se apresentar. Isso acontece, normalmente, naquelas pessoas que não se permitem sentimentos sem motivo e, apesar de já terem ido à muitos consultórios médicos com as mais variadas queixas e de terem feito inúmeros exames, continuam achando que a medicina ainda não conseguiu descobrir a causa de seus problemas.
A Depressão Típica, por sua vez, se manifesta com todos os sintomas emocionais típicos, como apatia, desinteresse, tristeza, desânimo, etc. A Depressão pode ser entendida como um estado afetivo rebaixado. Portanto, o que mais se constata na Depressão Típica é um cansaço ou inibição das atividades físicas e psíquicas tal como se houvesse uma perda de energia geral. Para as pessoas deprimidas todas as atividades parecem mais cansativas, difíceis e tediosas. Há um comprometimento do ânimo geral para tudo, inclusive para as atividades que deveriam dar prazer.
Depressão Típica
A Depressão Típica se apresenta através de sintomas afetivos diretamente relacionados ao humor. Pode haver angústia, acompanhada ou não de ansiedade, tristeza, desânimo, apatia, desinteresse e irritabilidade. Não é obrigatória a presença de todos esses sintomas ao mesmo tempo. Na esfera intelectual há uma certa preguiça do pensamento, tornando-o lento e trabalhoso. Há diminuição da memória, a qual pode falhar e confundir as coisas, dificuldade para resolver problemas antes considerados fáceis e tendência à pensamentos negativos ou pessimistas. Por causa desses pensamentos negativos surge insegurança e auto-estima diminuída. Fisicamente pode aparecer indisposição geral, apatia, sensação de peso ou pressão na cabeça, e zonzeira . Não é raro uma queixa de "bolo na garganta", como uma coisa que não sobe nem desce. É comum também impotência sexual ou frigidez, devido ao desinteresse ou mesmo a falta de energia para o sexo. Todo o organismo é prejudicado, podendo haver até maior tendência à infecções viróticas ou bacterianas (herpes, gripes, resfriados, etc). Outros problemas físicos que existiam antes podem piorar muito na Depressão, como por exemplo; gastrite, diarreia ou intestino preso, asma brônquica, reumatismos, diabetes, hipertensão arterial, enxaquecas, labirintite e outras. Aparecem também queixas físicas vagas englobando palpitações, falta de ar, dores incaracterísticas, crises de sudorese, tremores, etc. Esses problemas físicos, embora sejam comuns nas Depressões Atípicas, aparecem também nas Depressões Típicas.
A Depressão proporciona ao paciente um estado que pode ser chamado de Inibição Psíquica Global, uma espécie de lentificação de todos os processos mentais, como uma preguiça cerebral geral. Isso acomete, por exemplo, o desempenho sexual, o apetite (que pode estar aumentado ou diminuído), a disposição e ânimo gerais, a capacidade de concentração e memória, a qualidade do sono. Essa baixa performance psíquica resulta em dificuldades para resolução dos afazeres do cotidiano e para tomar decisões.Tanto os pensamentos quanto os movimentos parecem estar mais lentos. Para a pessoa deprimida tudo parece mais difícil e problemático. Parece não haver energia suficiente para a vida e até a vontade se compromete. A progressiva perda de interesse do deprimido típico também é um sintoma marcante. No estado normal a pessoa está constantemente ligada aos estímulos e aos acontecimentos da vida em geral, interessando-se por tudo que se passa à sua volta. Normalmente gostamos de saber aquilo que está acontecendo; os noticiários, as novelas da TV, quais filmes e livros em cartaz, quais os times que disputam o campeonato, como está nosso cão, o que precisamos fazer em nossa casa, preço das coisas, notícias de conhecidos e assim por diante. Há sempre um interesse dirigido ao mundo à nossa volta. Na Depressão é comum que a pessoa tenha desinteresse para tudo isso. A pessoa deprimida não quer mais saber das coisas da vida nem da vida dos outros, não se anima mais com aquilo que antes era interessante. Outro sintoma marcante na Depressão Típica é em relação à Autoestima, ou seja, em relação ao conceito que a pessoa tem de si mesma. O deprimido sempre se vê pior do que os outros ou bem pior daquilo que gostaria de ser. Na Depressão a pessoa vê-se péssima, chata, incompetente, etc. Também são negativas suas perspectivas de vida, seu futuro, suas doenças que serão descobertas, sua pobreza que sem dúvida virá, sua idade e assim por diante. Além da má ideia que o depressivo faz de si, ele sofre também com a ideia sobre aquilo que os outros estarão certamente pensando dele. Normalmente acha que os outros estão fazendo um mau juízo sobre sua pessoa. Muitas vezes, embora o deprimido não tenha coragem e nem se permite ideias de suicídio, não obstante preferia não estar vivendo. Como cita Sêneca, ao falar da Tranquilidade da Alma, a pessoa nesse estado se inquieta com perturbações imaginárias e, por fim, acaba preferindo morrer do que continuar vivendo morto.
Depressão Atípica
Como já dissemos, um grande número de casos de Depressão se apresenta de forma atípica, ou seja, sem que a pessoa se perceba deprimida e sem a grande maioria das queixas contidas na Depressão Típica. Algumas pessoas acreditam ser obrigatório um motivo de vida (existencial) para aparecer a Depressão. Quando não detectam um motivo justo para sua Depressão, acabam achando impossível manifestar um sentimento depressivo. Pensam que se estivessem deprimidos sem motivos e apesar das coisas estarem bem, seriam considerados emocionalmente descontrolados. Nesse tipo de pacientes aparece a Depressão Atípica. Por uma questão biológica e natural, normalmente as emoções não obedecem cegamente a razão e, apesar de sabermos racionalmente não haver motivos suficientes para nossa Depressão, esta alteração afetiva acaba aparecendo mascaradamente e com sintomas diferentes da Depressão Típica. Tais sintomas não deixam de representar um sinal de alerta sobre uma eminente falência psíquica (ou esgotamento, como gostam de dizer). Vejamos um exemplo da autonomia de nossas emoções sobre nossa razão. Há pessoas que não toleram presenciar cenas de sangue sob o risco de passarem mal. Presenciando um médico de Pronto Socorro limpar os ferimentos de uma criança com extensas queimaduras, podem vir a desmaiar. Pois bem. O desmaio é uma defesa psíquica do organismo que não deseja presenciar a cena, portanto, uma atitude francamente psicológica. Essa fuga de uma realidade que não se quer presenciar é uma atitude planejada pelo nosso psiquismo sem que tenhamos participado dela conscientemente. Ora, ninguém acredita que esse desmaio seja uma doença física que aparece sempre que o paciente estiver diante de uma criança com queimaduras. Portanto, trata-se de um desmaio eminentemente psíquico. Nem podemos pensar, também, que a pessoa desmaiou porque assim desejou nem que está fingindo um desmaio. Trata-se de uma atitude psíquica de adaptação à uma situação que não se quer presenciar. É a emoção subjugando a razão. Como vimos neste exemplo, as emoções aparecem independente de nossa vontade, portanto, as alterações do humor aparecem mesmo diante de nosso eventual e pretenso controle. Estima-se que até 40% dos portadores de Depressão tem, como manifestação principal, a ansiedade. Como a ansiedade apresenta um quadro muito mais exuberante e conveniente que o sintoma depressivo, os deprimidos atípicos acabam se achando apenas ansiosos e não depressivos. Essa situação de ansiedade é reconhecida por muitos como sendo também um caso de Esgotamento.
Podemos dividir essas Depressões Atípicas em dois grupos:
1- com sintomas predominantemente Físicos e;
2- com sintomas predominantemente Psíquicos.
Quando os sintomas são de natureza física aparecem em qualquer órgão ou sistema, quando são psíquicos se manifestam através de determinadas emoções que equivalem aos sentimentos depressivos, embora tenham outro colorido. Dissemos predominantemente, porque haverá predomínio de sintomas físicos ou psíquicos em cada caso, mas a mesma pessoa pode apresentar tanto sintomas físicos quanto psíquicos ao mesmo tempo. É isso que acontece com mais frequência, ou seja, a pessoa além da ansiedade, da fobia ou do pânico (sintomas psíquicos) apresenta ainda palpitação, sudorese, formigamentos, tontura, hipertensão, taquicardia (sintomas físicos) e assim por diante.
O Pensamento Depressivo
A Depressão se caracteriza também por tipos próprios de esquema de pensamento. As ideias e crenças da pessoa deprimida são, frequentemente, negativas. Apesar dessas ideias parecerem artificiais e completamente sem fundamento para as pessoas não-deprimidas, ou mesmo para o próprio deprimido quando não está em Depressão, durante o momento em que o afeto está deprimido esses pensamentos parecem bastante verdadeiros. Depois de passada a crise de Depressão o próprio depressivo entende o absurdo de tais pensamentos. Não há, evidentemente, apenas um esquema de pensamento característico para todos pacientes deprimidos mas, de um modo geral, podemos reconhecer certos esquemas de pensamento comuns à esses pacientes. Conhecendo os esquemas de pensamento possíveis na Depressão, podemos entender claramente porque algumas palavras ditas sem nenhuma pretensão ofensiva e atitudes muitas vezes inocentes podem ser interpretadas negativamente pelos deprimidos. Uma simples brincadeira ao dizer que uma pessoa é feia, chata ou que está incomodando poderá ser interpretada ao pé da letra e não como uma simples brincadeira. Para o paciente depressivo essas brincadeiras podem representar verdadeiras. Podem também interpretar negativamente uma simples reportagem na televisão sobre determinado vírus ou doença.

A - Pessimismo

Devido ao fato da afetividade depressiva não permitir uma visão mais positiva da realidade, os deprimidos insistem sempre em considerar que a maneira negativa e sombria de perceber as coisas do mundo é uma maneira realista de viver. Na realidade, se olharmos a vida com muita emoção vamos encontrar motivos que nos entristecem em qualquer lugar e em qualquer situação; crianças carentes, fome universal, guerras, violência urbana, sequestros, carestia, insegurança social, corrupção, acidentes catastróficos e por aí à fora. Entretanto, é um dever para com nosso bem-estar estarmos adaptados à vida, com tudo que ela tem de bom e de ruim, sem necessariamente nos conformar com tudo. Estar inconformado significa estarmos sempre procurando melhorar as condições atuais, fazer alguma coisa para mudar a situação para melhor. Esse inconformismo é uma atitude sadia e desejável. A adaptação, entretanto, nos obriga a continuar vivendo apesar de tudo. Reclamando, contestando, protestando ou agindo, porém, vivendo com saúde e determinação. Quando adoecemos por causa das coisas à nossa volta, do destino, da sorte, dos acontecimentos é sinal que estamos, além de inconformados (o que é natural) também desadaptados (o que não é normal). Nos casos mais graves a pessoa deprimida passa a projetar nos outros as idéias pessimistas que têm à seu próprio respeito. O empresário começa a suspeitar que os outros comentam sua bancarrota, a mulher pudica suspeita que comentam à respeito de sua moral, a adolescente acha que estão comentando ser ela muito feia e chata, o sócio se acha enganado, o marido pensa que sua esposa já não o suporta mais e assim por diante. Na realidade são idéias pessimistas que nascem na própria pessoa e são projetadas nos demais.

B - Generalizações

No depressivo há uma tendência em generalizar pensamentos, porém, só os pensamentos negativos. Devido à um afeto que valoriza o lado ruim das coisas o deprimido tende a generalizar seu pensamento; nada em minha vida tem sido bom, tudo que eu faço está errado, para mim tudo é mais difícil, isso só poderia ter acontecido comigo, ninguém gosta de mim e coisas assim. As generalizações pessimistas não levam em consideração o lado bom da vida. Não leva em conta também a saúde e bem estar daqueles que lhe são queridos, a consideração dos amigos, o fato de, bem ou mal, terem sido superados obstáculos para chegar até aqui, enfim, o deprimido excluí de suas generalizações qualquer elemento positivo de sua vida. E não faz isso propositadamente mas sim, infelizmente, conduzido por um afeto rebaixado. As lentes dos óculos da Depressão não mostram as coisas boas.

C - Pensamento Inseguro

Trata-se da sensação de insegurança muito comum aos deprimidos. Esse pensamento é responsável pela pessoa deixar de fazer certas coisas e de frequentar certos lugares ou que evitem determinadas decisões. Esse tipo de pensamento se reforça na tendência às generalizações. Há um constante questionamento; se não der certo, se ficar pior, se eu não tiver condições, se eu ficar mal comentado, se eu passar mal. Nos casos de Depressão Atípica a insegurança faz com que se evitem de situações onde certamente passarão mal.

A Química da Depressão

Não são conhecidas ainda todas as causas da Depressão e talvez ainda demore muito tempo para essa tarefa ser concluída. Entretanto, pesquisas nessa área sugerem fortemente influências bioquímicas importantes para a regulação de nosso estado afetivo. Pesquisas recentes sugerem também a importância de fatores genéticos na Depressão. Vem daí a incidência aumentada do transtorno depressivo em membros de certas famílias ou a concordância entre irmãos deprimidos. Desde a milenar invenção do vinho temos noção dos efeitos de produtos químicos sobre a atuação da personalidade humana. Ao longo dos anos tem sido muito grande nossa inclinação para substâncias que aliviem nossos males, amenizem nossas angústias e proporcionem momentos de bem estar. Conhecendo a história do ópio, das bebidas alcoólicas e dos tóxicos passamos a aceitar melhor a idéia de algumas substâncias poderem alterar a percepção que se tem da realidade. Os tratamentos medicamentosos para a Depressão procuram realizar uma correção bioquímica de tal forma que haveria um aumento no nível desses neurotransmissores , juntamente com um reequilíbrio dos neuroreceptores. Podemos, com esses conhecimentos, entender melhor a atuação de determinados medicamentos psicotrópicos, bem como a ação cerebral de outras substâncias entorpecentes e euforizantes, como é o caso da cocaína.
Medicamentos antidepressivos, muito em moda ultimamente e um dos mais expressivos avanços da ciência na área cerebral nesse século, promovem uma expressiva correção no nível dos neurotransmissores e, concomitantemente, também um ajuste na quantidade e qualidade dos neuroreceptores. Dessa feita procuramos através de medicamentos, promover uma normalidade na bioquímica cerebral compatível com uma tonalidade afetiva mais harmônica.

Que quadros podemos ter na Depressão
Em algumas pessoas a Depressão se apresenta de forma
Típica em outros de forma Atípica.

Nas formas Atípicas de Depressão podemos Ter, concomitantemente, variados quadros psicoemocionais:
A - QUADROS ANSIOSOS
A.1 – SÍNDROME DO PÂNICO
A.2 – FOBIAS
A.3 – ANSIEDADE GENERALIZADA
B – QUADROS SOMÁTICOS (com queixas físicas)
B.1 – QUADROS SOMATOMORFOS
B.2 – DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS
B.3 – HIPOCONDRIA
C -QUADROS NA INFÂNCIA
C.1 – HIPERATIVIDADE
C.2 – MEDO PATOLÓGICO
C.3 – DIFICULDADES ESCOLARES
D – QUADROS IMPULSIVOS
D.1 – BULIMIA NERVOSA
D.2 – ANOREXIA NERVOSA
D.3 – QUADROS OBSESSIVO-COMPULSIVOS

terça-feira, 7 de maio de 2013

Alimentação e humor

  "Você é o que você come "Será que o que você come afeta como você sente, pensa ou age?
Resultado de imagem para imagens alimentaçãoDurante muitos anos, os nutricionistas e outros cientistas viam o cérebro como relativamente impermeável aos caprichos das dietas alimentares. Somente sob condições severas de subnutrição acreditava-se que a dieta afetaria a química e o funcionamento do cérebro.
Hoje já é reconhecido que substâncias resultantes da dieta podem influenciar a química do cérebro e afetar o comportamento. A dieta e o comportamento são conceitos baseados em assuntos complicados de neurofisiologia e bioquímica.

As células nervosas (neurônios) transmitem sinais através do cérebro e do corpo para regular o comportamento e as funções corporais, desde um simples andar a dar uma opinião especializada. Esses sinais passam de uma célula nervosa para outra por substâncias químicas chamadas de neurotransmissores.O que se come pode causar flutuações em algumas substâncias químicas do cérebro como a dopamina, norepinefrina e serotonina, que são associadas com mudanças no comportamento, no humor e na vivacidade mental.
Os cientistas agora acreditam que os alimentos podem afetar como você se sente, pensa ou se comporta, ao afetar o cérebro de 3 maneiras:
  • A dieta fornece substâncias como os aminoácidos, para a síntese de vários neurotransmissores, que por sua vez, regulam o comportamento;
  • A dieta fornece ainda as vitaminas e sais minerais que assistem na síntese dos neurotransmissores;

  • Alguns aditivos e substâncias encontrados naturalmente nos alimentos, tal como a cafeína, podem afetar o cérebro, interferindo na comunicação entre as células nervosas ou alterando a síntese, a entrega, a estrutura ou função dos neurotransmissores.

A serotonina, uma substância neurotransmissora, é um bom exemplo da ligação comportamento. Ela ajuda a regular a sensação de dor, do apetite, do humor e do sono. Níveis elevados de serotonina são associados a melhora no padrão do sono. Baixos níveis de serotonina são encontrados em pessoas que têm um limiar baixo de dor, estão deprimidas ou sofrem de alguma forma de insônia. A serotonina é produzida de um aminoácido chamado triptofan, encontrado nos alimentos que contêm proteínas, tais como leite, queijos, carne vermelha, frango e peixe.
Quando uma pessoa consome suplementos de triptofan, os níveis no cérebro desse aminoácido aumentam, e o cérebro produz mais serotonina. Resultado: as pessoas deprimidas frequentemente experimentam uma melhora no humor; têm sensações reduzidas de dor; e as que sofrem de insônia, dormem melhor.
Também os alimentos ricos em carboidratos (frutas, massas, etc.) têm efeitos sobre a serotonina. Os carboidratos exigem a liberação da insulina. Esse hormônio aumenta o consumo de aminoácidos nos músculos e órgãos, mas tem um efeito muito pequeno sobre o triptofan. Como os outros aminoácidos estão "ocupados" em outro lugar, a proporção de triptofan no sangue, e consequentemente no cérebro, aumenta. O efeito de uma dieta rica em carboidratos nos níveis de serotonina pode explicar porque algumas pessoas têm sono após uma refeição que contém muita massa, doces.
Alguns estudos mostram que as pessoas se sentem sonolentas, relaxadas, e estão propensas a cometerem mais erros no trabalho, até 2 horas após consumir uma refeição rica em amidos ou açúcar, quando comparada a uma refeição rica em proteínas.
Um aminoácido chamado tirosina, que é encontrado no ovo, carne vermelha, queijo, nozes, tem um efeito oposto ao do triptofan. A tirosina ajuda regular o humor e as emoções, a resposta ao stress e algumas habilidades como aquelas que precisam da coordenação mão-olho, tornando a pessoa mais alerta.
Resumindo, para um rendimento ótimo e vivacidade mental durante a tarde, deve se consumir uma refeição pequena no almoço, composta de proteínas e carboidratos equilibradas.
A investigação sobre os efeitos dos alimentos no humor e no comportamento apenas estão começando. Embora pareça improvável que qualquer alimento comum consumido na dieta normal poderá alterar dramaticamente o comportamento, muitos alimentos podem influencias sutilmente como você se sente ou age. Da próxima vez que alguém comentar sobre seu bom ou mal humor; lembre-se do que você comeu na última refeição.
"Muitas pessoas têm problemas de peso não por causa dos alimentos que comem, mas pela inatividade que caracteriza seus estilos de vida."
Aveia e Colesterol
Sabe-se já há algum tempo que a causa básica da doença cardiovascular é a arteriosclerose, uma condição na qual depósitos gordurosos nas paredes das artérias bloqueiam parcial ou totalmente o fluxo de sangue.
O colesterol é o primeiro contribuinte para esses depósitos. Normalmente, o corpo já produz todo o colesterol que precisamos. Mas, o excesso de colesterol, fornecido pela alimentação, principalmente aquela rica em carne vermelha, e produtos do leite, é depositado nas paredes das artérias. O acúmulo de colesterol pode levar a ataques cardíacos, derrames e pressão alta.
Há alguns anos atrás, um professor da Universidade de Kentucky, mostrou evidências de que os alimentos ricos em fibras, incluindo a aveia, poderia reduzir os níveis elevados de colesterol. Em experimentos com homens e mulheres, ele encontrou que 100 gramas de aveia diariamente, cortava os níveis de colesterol de 13 a 19%. Outras pesquisas que se seguiram, mostram efeitos semelhantes, com redução dos níveis de colesterol em cerca de 20%, ainda mais quando ele era combinado com uma dieta prudente. Mas a melhor notícia é que isso reduz as chances da pessoa sofrer um ataque cardíaco em cerca de 40%, o que é muito significante se considerarmos o alto número de pessoas que sofrem ataques cardíacos por ano.
Parece que a aveia tem dois efeitos sobre o colesterol: elimina-o do corpo, e impede o fígado de produzir mais essa substância. A aveia dá um melhor equilíbrio de nutrientes e mais proteínas de alta qualidade do que qualquer outro grão.
Outros estudos científicos indicam que a aveia ajuda a baixar a pressão alta; ajuda a regular o açúcar no sangue e ainda suspeita-se que promova perda de peso, ao fazer as pessoas sentirem menos fome, diminuindo a absorção dos nutrientes e alterando o metabolismo do corpo.
Beta Caroteno
Recentemente, uma substância chamada Beta Caroteno, foi elevada ao status de estrela entre os alimentos, pela descoberta de que ela pode combater o câncer, e pode neutralizar as reações tóxicas que minam as células e envelhecem o corpo. Ela é uma substância precursora da vitamina A, um nutriente vital à visão, reprodução e regulação do crescimento celular. Mais de 20 estudos científicos demonstraram que dietas ricas em Beta Caroteno podem reduzir o risco de câncer dos pulmões até 50%.
O Beta Caroteno é encontrado nas frutas e vegetais com pigmentos amarelos e alaranjados, como na manga, mamão, nectarina, pêssego, batata doce, cenoura, abóbora, espinafre, pimentão vermelho, brócolis, etc.
O Instituto nacional do Câncer dos Estados unidos recomenda dieta que forneça cerca de 6 miligramas de Beta Caroteno por dia. Simplesmente, comendo mais frutas e vegetais dos acima citados, pode reduzir o risco de câncer dos pulmões, que já mata milhares de pessoas por ano.
Equivalente Calórico das Substâncias Alimentícias
Esses valores são baseados em medidas diretas do calor despendido, do oxigênio consumido e do CO2 produzindo em indivíduos em descanso. A combustão de carboidratos e proteínas produz a mesma quantia de energia, cerca de 4 kcal/g.
ALIMENTO/EQUIVALENTE CALÓRICO
(Kcal/g)Gordura / 9.5
Carboidrato / 4.2
Proteína / 4.2
Por outro lado, a combustão de gorduras produz mais do que 2 vezes a energia dos carboidratos e proteínas: cerca de 9 Kcal/g. mas se considerarmos a quantia de oxigênio necessária para a combustão dessas substâncias verificamos que na combustão dos carboidratos é onde se produz a maior quantidade de energia.
ALIMENTO/EQUIVALENTE CALÓRICO (Kcal/lO2)Carboidrato / 5.05
Gordura / 4.7
Proteína / 4.5

Água
Nenhuma substância é mais abundante no corpo do que a água. Cerca de 70% das substâncias corporais são compostas de água. Ela está envolvida em todas as funções das células, órgãos e sistemas. Os seres humanos podem viver muitos dias sem comer, mas morrerão em alguns dias se forem privados de água.
Ela serve várias funções importantes no corpo: serve de material de construção para o protoplasma da célula; age como um poderoso agente ionizante; serve como um meio onde praticamente as reações metabólicas acontecem; providencia material para a evaporação e regulação da temperatura corporal; serve de veículo de transporte para nutrientes; produtos de eliminação e enzimas internas. Ela constitui cerca de 63% do peso total no homem e 52% do peso na mulher.
Aproximadamente metade da água do corpo é intracelular, onde ela propicia um meio de suporte bioquimicamente ativo para reações metabólicas.
A água extracelular (no plasma sangüíneo, fluindo intersticial e infa) compreende cerca de 20-22% do peso corporal e serve como meio de transporte dos gases respiratórios, nutrientes e do calor metabólico.
Em relação ao exterior do corpo, a água é o veículo para eliminação de substâncias através da urina, fezes, suor e para remover o calor através da evaporação do suor das superfícies da pele.
Embora as trocas de calor com o meio ambiente também ocorrem por radiação, condução e convecção, é principalmente através da vaporização das superfícies da pele que o calor excessivo é dissipado durante a atividade física vigorosa. Quando a temperatura corporal é elevada, o centro de termorregulação (hipotálamo) produz uma resposta de sudoração. A evaporação subsequente da superfície da pele resulta em uma dissipação de calor altamente efetiva.
No adulto a perda de água é em média de 2 a 2,5 litros por dia. A quantidade de suor pode exceder 1,8 litros por hora em exercícios vigorosos prolongados.
A sede é o primeiro e o melhor indicador que o nível de água no corpo está diminuindo. Ela é usualmente sentida quando 2% da água corporal é perdida, portanto, sua ingestão é necessária.
É geralmente aceito que a necessidade de beber á medida pela elevação da osmolaridade do fluido corporal para atender a depleção de água (Astrand e Rodahl, 1970). A elevação da osmolaridade também solicita uma secreção aumentada de hormônio antidiurético da pituitária, que por sua vez, atua sobre o fígado para conservar água pelo aumento da reabsorção através dos tubos renais.
Apesar deste mecanismo de controle, quando os indivíduos suam muito e não restauram as perdas, uma desidratação equivalente a 5% do peso corporal pode ocorrer após horas de atividade no calor. Se a perda de água alcançar de 6 a 10% do peso corporal, o sangue se torna concentrado, o volume sanguíneo é substancialmente reduzido, a sudoração diminui, e a temperatura pode subir perigosamente e a exaustão pela desidratação é eminente.
No corpo humano a temperatura corporal é regulada abaixo de um nível crítico (41 Graus C ou 106 Graus F), acima do qual lesões sérias ou morte térmica podem ocorrer.
Infelizmente o esfriamento evaporativo é conseguido às custas da depleção dos depósitos de água no corpo (desidratação).

Em circunstâncias normais, o mecanismo da sede é adequado para manter o equilíbrio de água, principalmente quando se tem oportunidade de beber e comer à vontade.
Fonte:
BARBANTI, VALDIR J. Aptidão Física Um Convite à Saúde. 
Editora Manole

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