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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Psicologia do Esporte de Reabilitação

Na Psicologia do Esporte encontra-se a chamada de Reabilitação e à Psicologia do Esporte de Reabilitação aplicada ao Rendimento. No primeiro caso os conhecimentos são desenvolvidos para o uso do esporte como instrumento de reabilitação social, ou seja, o esporte é um meio para a re-inserção do deficiente ao convívio social. Este tipo de intervenção da Psicologia do Esporte não se aplica somente aos portadores de deficiências físicas, mas às pessoas com diferentes tipos de necessidades especiais como, por exemplo, cardiopatas, diabéticos, portadores de depressão e dependência química.No caso do atleta lesionado, tem-se a aplicação de estratégias diferenciadas para auxiliar no processo de recuperação física e emocional de uma atleta que está ou esteve distante dos treinos, provas e competições em função de alguma patologia de ordem físico-motora. Os instrumentos e estratégias específicos da Psicologia do Esporte nas duas situações dependerão da situação e condições específicas em que se dará a intervenção do Psicólogo, deixando claro que não existem receitas prontas para qualquer intervenção em Psicologia, mas uma diretriz que deve ser guiada pela ética profissional e pelos objetivos definidos em conjunto entre o psicólogo, a pessoa com quem se realiza a intervenção. O trabalho do psicólogo do esporte terá melhores resultados e será mais eficiente quanto maior for a comunicação e atuação conjunta com os profissionais envolvidos, quer sejam médicos, fisioterapeutas, educadores físicos ou mesmo terapeutas.É importante lembrar que o atleta, antes de ser um atleta é um ser humano e precisa ser tratado como tal. O trabalho com equipe multidisciplinar (Psicólogo/ Médico/ Fisioterapeuta/ Nutricionista/ Educador Físico...) tem mostrado um resultado interessante para o atleta, seja de modalidade individual ou coletiva. O trabalho precisa envolver todas as áreas, para que o trabalho seja realmente efetivo.
Esporte para atletas portadores de necessidades especiais
Sabe-se que deficiente tem limitado seu potencial devido a uma deficiência, expressa principalmente pela dificuldade em realizar movimentos. Assim, o movimento toma contornos de uma importância fundamental na vida do deficiente (Barbanti 2002). Sendo assim a pratica esportiva é fator incontestável no processo de reabilitação e inclusão social, e com o tempo, essa pratica toma novos rumos. O simples ato de praticar atividades físicas começa ter outro sentido. Começa a se aventurar nas primeiras competições sem pretensões ousadas de vitórias, porem com o passar do tempo e muito treinamento os bons resultados começam a aparecer, a motivação pela pratica esportiva aumenta e a expressão atleta surge. Aos poucos esse atleta deficiente físico se inclui no esporte de rendimento. Esporte esse que Barbanti (2002) defende que deve seguir as mesmas regras e normas do esporte em geral. No entanto, diz que podemos estar incorrendo em um erro, pois evidenciamos as diferenças as quais não queremos que existam. Por isso o esporte para deficientes físicos segue uma classificação mundial conhecida como classificação médico-desportiva. Essa classificação separa as deficiências pela sua natureza e é utilizada, por exemplo, nos jogos para-olímpicos que são considerados o segundo maior acontecimento esportivo mundial.Para atletas normais a mais importante competição mundial é a Olimpíada e temos também a Para-Olimpíada, competição essa que somente competem atletas portadores de deficiência. O Brasil vem aumentando significativamente sua participação na Para-Olimpíada, segundo o Comitê Paraolímpico Brasileiro (2005). Um dos benefícios que são conseqüência desses eventos é a possibilidade de avaliar esses atletas como na pesquisa realizada por Labronci et al. (2000) que teve como objetivo avaliar o esporte como método de reabilitação e analisar os aspectos físicos, psicológicos e sociais dos portadores de limitação física, Os resultados obtidos estão relacionados com altos índices de desempenho esportivo e o alto vigor não tem correlação com o tempo de limitação física ou com o tipo da limitação. Parecendo para eles uma característica individual, o que faz procurarem alternativas que o permita ultrapassar barreiras instransponíveis.
Bibliografia
Barbanti, V.J. et al. (2002). Esporte e Atividade Física: Interação entre rendimento e saúde. 1 º. Ed. Manole - São Paulo
Labronci, R; Cunha, M.C.B; Oliveira, ASB. Gabbai, A.A ( 2000). Esporte como fator de integração do deficiente físico na sociedade. Arq. Neuropsiquiatria;58 (4):1092-1099.

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