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Alô queridos!!!

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terça-feira, 26 de junho de 2012

Como diferenciar melancolia, depressão e ansiedade

Todos os dias nos deparamos com sentimentos de tristeza, umas vezes mais profundas, outras nem tanto. A tristeza é um sentimento normal como qualquer outro, mas, algumas vezes, ele pode se transformar em transtorno, ocasionando doenças que necessitam de tratamentos.
O luto, por exemplo, é uma emoção comum do dia a dia. Quem pensa que luto é somente ligado à morte está completamente enganado. Luto é um estado de espírito, um momento pelo qual o indivíduo passa quando perde algo. É aquele tempinho que todos precisam para "digerir" algum acontecimento ruim. "Dentro da psicanálise, luto envolve todas as perdas. Temos micro lutos diários. Somos uma somatória de nossas perdas", comenta o psicólogo Luiz Gonzaga Leite, Chefe do Departamento de Psicologia do Hospital Santa Paula.
Cada pessoa tem seu tempo de superação. Segundo Luiz, esse tempo, mesmo variando de pessoa para pessoa, não deve exceder muito, chegando a afetar a vida do indivíduo. "Algumas pessoas têm mais dificuldades em lidar com a perda do que outras. O luto é um processo natural e necessário. Quando ele não ocorre, a pessoa entra em um processo de melancolia", afirma Luiz.
Se no luto a pessoa tem como motivo para a tristeza a perda de um objeto, na melancolia o objeto é a própria pessoa. Ela não consegue superar alguma perda e, em algum momento, acaba se perdendo também.
A melancolia é um estado de tristeza que está ligada à depressão profunda. Diferentemente do luto, a melancolia está intimamente ligada com o sentimento de impotência, de inutilidade. O mesmo ocorre na depressão. "As pessoas deprimidas sentem um sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada. E pode ser delirante", afirma a colunista e psicóloga Maria Cristina Capobianco, de São Paulo.
Por isso é muito comum pessoas depressivas não terem vontade de fazer absolutamente nada, não se alimentam adequadamente e nem ao mesmo tem vontade de levantar da cama.
Segundo Luiz, os sintomas que causam a depressão são múltiplos. Ela pode se desenvolver por descompensação hormonal, doenças cardíacas ou mesmo efeitos colaterais de um determinado remédio. Não existe uma causa única ou certa. A depressão é a soma de diversos fatores.
Junto com essa doença, acompanham como sintomas, perda de energia ou interesse, humor deprimido, alterações de apetite e de sono, sentimento de pesar ou fracasso, dificuldades para começar a fazer suas tarefas, irritabilidade ou impaciência, inquietação, sensação de que nunca vai melhorar, persistência de pensamentos negativos, queixas freqüentes, sentimentos de culpa e fracasso, perda de apetite e desejo sexual.
Além disso, a capacidade de pensar ou concentrar-se pode estar diminuída e apresentam sentimentos de indecisão intensa. "Pensamentos de morte e suicídio também ocorrem nestes estados", afirma Maria Cristina Capobianco.
A melancolia e a depressão possuem os mesmo sintomas e os tratamentos também são os mesmos. Já a ansiedade é mais fácil de distinguir. A apreensão de se deparar com um trânsito enorme, antes de uma reunião importante, por exemplo, deixa-nos apreensivos e ansiosos. Segundo Luiz, a "ansiedade é uma combinação de sentimentos de medo e preocupação". O que, claro, todos vivenciamos no dia a dia.
Isso pode vir acompanhado de sintomas como alterações fisiológicas, boca seca, palpitação, dor no peito, falta de ar. Segundo Maria Cristina, a ansiedade, quando normal, nos mantém alertas. Como quando evitamos andar em uma rua escura. E quando ela passa a ser doença? Maria Cristina explica que na ansiedade generalizada, o sintoma principal é a expectativa apreensiva ou preocupação exagerada, mórbida. A pessoa está a maior parte do tempo preocupada em excesso.
Acompanhando esses sintomas, a pessoa ainda pode sentir cansaço, inquietude, irritabilidade, tensão muscular, insônia, sudorese e mais um bocado de fatores estressantes. Em casos mais graves, a ansiedade pode ocasionar a síndrome do pânico, fobias e estresse pós-traumático.
Existem, sim, tratamentos para todos os sintomas de ansiedade, depressão e melancolia, mas eles dependem única e diretamente do paciente. A cura das doenças é feita à base de medicação e psicoterapia, mas a parte mais importante é o indivíduo aceitar que precisa de tratamento e querer realmente se curar.
Depressão pode ser causada por estresse no trabalho
Você sabe o que é depressão?
Fora isso, a única forma de se prevenir dessas "psicoses" é somente aprender a lidar com as perdas diárias, sejam elas grandes ou pequeninas. Se você tem dificuldades, pode procurar tratamentos psicológicos, evitando que esses pequenos lutos se tornem grandes tormentos. "O tratamento é um percurso longo e é necessário ter paciência se almeja obter resultados duradouros", encerra Maria Cristina.
Por Tissiane Vicentin (MBPress)
Por Vila Equilibrio

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Neuroadaptação: Uma Proposta Alternativa de Atividade Física Para usuários de Drogas em Recuperação

Resumo [1] Ferreira, S.E., Tufik, S., Mello, M. T., Neuroadaptação: uma proposta alternativa de atividade física para usuários de drogas em recuperação. Rev. Bras. Ciên. e Mov. 9 (1):31-39, 2001. 

Estudos demonstram que o consumo de drogas psicotrópicas pela população em geral aumentou nos últimos anos. O presente trabalho busca a relação entre as alterações na neurotransmissão com a drogadição e sua possível minimização pelo desenvolvimento de um programa de atividade física, prescrito conforme o tipo de usuário. Para tanto, realizou-se uma Revisão Bibliográfica sobre drogas psicotrópicas,atividade física (AF) e temas relacionados. Diversos estudos comprovam que o consumo de cocaína, benzodiazepínicos e maconha, resulta em alterações nas principais vias nervosas, especialmente aquelas mediadas por Catecolaminas, Serotonina, GABA e Acetilcolina; em áreas cerebrais como: córtex, hipocampo, mesencéfalo, cerebelo, tronco cerebral, medula e nervos periféricos (1,8,14).Voltado à influência da AF no Sistema Nervoso, outros estudos observaram que o aumento da exigência metabólica resulta na adaptação de diversas vias nervosas, destacando como os principais resultados uma menor taxa basal de catecolaminas, a normalização dos níveis de Noradrenalina e Dopamina nas áreas da atenção, memória e controle motor, aumento dos níveis de Serotonina nas áreas do humor e diminuição nas áreas do controle motor, e aumento de síntese e liberação de endorfinas (9,17,18). Conclui-se então, que Programas de Avaliação e Prescrição de atividade física para usuários de drogas em recuperação, devem observar as adaptações nervosas, afim de beneficiar os indivíduos de resultados como: diminuição do estresse fisiológico e psicológico, melhora da eficiência motora, diminuição da fadiga central e sensação de prazer após o exercício, além dos benefícios sócio-fisiológicos já conhecidos. 
Palavras-chave: Drogadição, atividade física

Nupsea