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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Personalidade do atleta

De acordo com Auweele, Cuyper, Mele e Rzewnickl (1993), a definição de personalidade é bastante ampla, pois inclui conceitos e termos como sejam os de traços, estados, qualidades e atributos, todos eles variáveis na constância ou nas alterações de comportamento, refiram-se estes, por exemplo, às motivações, aos estilos de atenção, às manifestações emotivas ou à eficácia.
Nenhum ser humano mostrará traços que já não existam em outros indivíduos, como uma espécie de patrimônio do ser humano, ou seja, a todos os indivíduos de uma mesma espécie são atribuídos os traços característicos dessa espécie. Entretanto, a combinação individual desses Traços em proporções variadas numa determinada pessoa caracterizará sua Personalidade ou sua maneira de ser.
O senso comum de um sistema sócio-cultural costuma elaborar uma relação muito extensa de adjetivos utilizados para a argüição dos indivíduos deste sistema: sincero, honesto, compreensivo, inteligente, cálido, amigável, ambiciosos, pontual, tolerante, irritável, responsável, calmo, artístico, científico, ordeiro, religiosos, falador, excitado, moderado, calado, corajosos, cauteloso, impulsivo, oportunista, radical, pessimista, e por aí afora. Podemos considerar Traço Predominante da pessoa em apreço a característica que melhor a define, como se, entre tantos traços tipicamente e caracteristicamente humanos, este traço específico predominasse sobre os demais.
O conceito de traço é uma pedra central da construção da personalidade do indivíduo e os traços psicológicos podem ser definidos como estruturas internas estáveis que servem como predisponentes do comportamento e, conseqüentemente, podem ser "indicadores" de futuros comportamentos.
Contudo, é também um fato que os indivíduos não se comportam da mesma maneira perante diferentes situações
Nos finais dos anos 7O o grande debate sobre o modelo de pesquisa, que deveria englobar não só a problemática dos traços psicológicos próprios, como também a influência do meio envolvente.
Segundo Cox, Qiu & Liu (1993), "não é como o atleta se sente e responde geralmente, que tem mais importância, mas sim como ele se sente e responde num determinado momento". As emoções podem ser traduzidas por vários estados que podem ser de ansiedade, de alegria, de preocupação, de stress, de tristeza e de medo e são, muitas vezes, estas emoções que determinam as ações.
A preocupação conjunta com "envolvimentos-traço psicológico prestação desportiva" fez com que muitos investigadores abandonassem o modelo do estudo das características "puras", avaliadas apenas, ou, sobretudo, em laboratório, em favor dum modelo de interação, mais sistêmico e com mais informação, que tem em conta o contexto.
Inicialmente, os modelos de investigação centravam-se, predominantemente, na identificação da personalidade do atleta. Nas duas últimas décadas esses modelos tendem, cada vez mais, a considerar a interação entre a personalidade e o meio envolvente.
As manifestações ou os estados emocionais têm-se revelado como fatores importantes na prestação desportiva.
Martens (1977) apresenta o conceito de "traço de ansiedade em competição” como representativa das diferenças individuais na percepção da competição enquanto considerada como uma ameaça, e salienta ainda a diferença entre o "traço geral de ansiedade" e o "traço de ansiedade para situações específicas".
Orlick e Botteril (1975) afirmam que a preocupação com a competição e o fato de o atleta ir ser avaliado pode influir negativamente e provocar o abandono ou a participação reduzida. Contudo, alguns atletas (Gould e al. 1983) relatam que as suas preocupações com a competição não afetam a sua "performance" e alguns sentem que a sua prestação desportiva é melhor quando se sentem ansiosos. As conseqüências das manifestações de ansiedade em competição dependem, por certo, da freqüência, da duração e da intensidade com que elas se apresentam.
A identificação das relações entre critérios de sucesso desportivo e as características psicológicas do atleta são, hoje, uma das maiores preocupações de treinadores e psicólogos do desporto.
Como já foi mencionado o conceito de traço é uma pedra central da construção da personalidade do indivíduo e os traços psicológicos podem ser definidos como estruturas inter estáveis que servem como predisponentes do comportamento e, conseqüentemente, podem ser "indicadores" de futuros comportamentos.
Pois bem. É exatamente a predominância de alguns traços e a atenuação de outros que acaba por constituir a pessoalidade de cada um. Enfim, é como se o artista conseguisse extrair uma cor única e muito pessoal misturando uma série de cores básicas encontradas em todas as lojas de tintas. Como os traços básicos do ser humano são infinitamente mais numerosos que as cores básicas do exemplo, as combinações entre esses traços serão infinitas, fazendo disso a infinita diversidade de pessoalidades.
A combinação dos Traços resultará uma unidade funcional humana completamente distinta de todas os demais. É difícil pensar nestes Traços de outra forma, senão como uma certa inclinação inata submetida à influência agravante ou atenuante do meio, inclinação esta, responsável pela maneira como a pessoa se apresentará ao mundo ou ao convívio gregário. Entre os fatores constitucionais, um forte traço de ansiedade na pessoalidade, entendido como uma predisposição de sensibilidade inata para perceber certos estímulos como ameaçadores, é um fator preditivo para estados exagerados de ansiedade, cognitiva e somática, estimulados pela competição.
Quando o traço de ansiedade é suficiente para fazer com que essa emoção seja somatizada, ou seja, se transforme em problemas orgânicos ou físicos (hipertensão, gastrites, diarréia crônica, vômitos, urticária, etc), talvez os esportes individuais ou não-competitivos fossem mais bem indicados.
Pessoas com baixo limiar de tolerância às frustrações também são muito problemáticas em relação aos esportes competitivos. Esse traço, de baixo limiar de tolerância às frustrações, aparece desde cedo no desenvolvimento da pessoa, caracterizando-as como crianças birrentas, “nervosas”, teatrais, exigentes sobre suas pretenções. Dependendo do grau de intolerâncias às frustrações, pessoalidades com este traço podem contra-indicar esportes competitivos ou tornam-se atletas pouco éticos.
Laurent (1999) considera os fatores constitucionais dirigidos segundo duas orientações: pelo rendimento e/ou pelo controle, ou seja, dirigido pela carga afetiva que a tarefa da competição impõe ou pelo Ego do atleta.
Ele ainda entende as motivações do atleta distinguindo três objetivos:
1 - O atleta pode perseguir seu objetivo e demostrar assim sua capacidade. O fato de buscar um rendimento desejável (ou desejado) não está necessariamente ligado ao aumento da ansiedade cognitiva, mas está sim, ligado ao aumento da motivação.
2 – Pode, por medo, evitar o risco de mostrar sua eventual incompetência. A evitação do risco pode levar ao aumento da ansiedade cognitiva e diminuição da motivação e do rendimento.
3 – Pode, ainda, tentar dominar seu compromisso com a competição ou esporte através do domínio da disciplina e da técnica. O dominio da disciplina diminui a ansiedade cognitiva e aumenta a motivação.

BibliografiaAuweele, Y.V., Cuyper,B., Mele,V. & Rzewnicki,.(1993) Elite Performance and Personality:From description and Prediction to Diagnosis and intervention.In Robert N.Singer, Milledge Murphey e L.Keith Tennant (Eds.), Handbook of Research Sport Psychology (pp257-289). New York: McMilln Publishing Company.
Cox, H.R., Qiu, Y. & Liu, Z. (1993). Overview of Sport Psychology In Robert Singer, Milledge Murphey e L.Keith Tennant (Eds.), Handbook of
Research on Sport Psychology, (pp.3-31). New York: MacMillan Publishing Company.
Gould, D., Horn, T., & Spreemann, J (1983) Perceived Anxiety of Elite Junior
Wrestlers Journal of Sport Psychology, 5, 58-71.Laurent (1999)
Martens, R. (1977) Sport Competition Anxiety Test. Champaign, Illinois: Human
Kinetics Publishers
Orlick, T. e Botteril, C. (1975). Every kid can win. Chicago: Nelson-Hall.
Veja ainda:
Personalidade do atleta vencedor




Por Eliane Jany Barbanti

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Psicologia do Esporte

Definição
A Psicologia do Esporte tem como objetivo compreender e lidar com os fatores psíquicos que interferem nas ações do exercício físico e no esporte. Além disso, precisa-se estar atentos na influência dos fatores cognitivos, motivacionais e emocionais que estão diretamente ligados na questão do desempenho esportivo.
“É o estudo científico de pessoas e seus comportamentos em contextos esportivos e de exercício e as aplicações práticas de tal conhecimento" (Gill, 1979).
Mais recentemente, a European Federation of Sport Psychology (1996) apresentou a Psicologia do Esporte como sendo os fundamentos psicológicos, processos e conseqüências da regulação psicológica de atividades relacionadas com o esporte de uma ou várias pessoas atuando como sujeito da atividade. O foco pode ser o comportamento ou diferentes dimensões psicológicas do comportamento humano (isto é as dimensões afetivas, cognitivas, motivacionais ou sensórias motoras).
Segundo a American Psychological Association (APA), "a psicologia do esporte é o (a) estudo dos fatores comportamentais que influenciam e são influenciados pela participação e desempenho no esporte, exercício e atividade física e (b) aplicação do conhecimento adquirido através deste estudo para a situação.
Histórico
De acordo com Gill (1986) a Psicologia do Esporte pode ser historicamente dividida em três áreas especializadas, sendo elas: aprendizagem e controle motor; desenvolvimento motor e psicologia do esporte. Essas três áreas refletiram, em certa medida, durante um período de tempo, a divisão geral de estudos psicológicos em esporte e atividade física. Houve, porém, um distanciamento entre elas no início dos anos 1970 por causa de diferentes interesses, objetivos e métodos de pesquisa. A maior diferença residiu, principalmente, na importância dada à dicotomia entre construção teórica e seu teste versus aplicação da teoria na prática. A divisão definitiva veio quando um grupo interessou-se pelas variáveis dependentes da performance (área motora) enquanto que outro grupo concentrou-se na importância de variáveis independentes que influenciam a performance (aspectos socioculturais).
Psicologia do Esporte, enquanto uma dessas sub-áreas, iniciou suas pesquisas há aproximadamente um século, estudando inicialmente aspectos próximos à fisiologia, os chamados condicionantes reflexos. Ao longo dos anos outros temas como motivação, personalidade, agressão e violência, liderança, dinâmica de grupo, bem-estar psicológico, pensamentos e sentimentos de atletas e vários outros aspectos da prática esportiva e da atividade física foram sendo incorporados à lista de preocupações e necessidades de pesquisadores e profissionais. Na atualidade, diante do equilíbrio técnico alcançado por atletas e equipes de alto rendimento, os aspectos emocionais têm sido considerados como um importante diferencial nos momentos de grandes decisões.
No âmbito internacional percebe-se uma história com duração de cerca de 60 anos. No Brasil, apesar de termos conhecimento de trabalhos pioneiros desde a década de 50, o foco inicial esteve restrito ao futebol. Outras modalidades passaram a ser assistidas por este tipo de intervenção já no final da década de 70, mas veio ganhar força mesmo na década de 90. Assim, devemos ter paciência com relação ao desenvolvimento do corpo teórico e técnico da psicologia do esporte, entendendo tratar-se de um processo de construção, o qual mal foi iniciado.
Mesmo contando com tão pouco tempo de existência a psicologia do esporte já pode oferecer uma gama relativamente diversificada de intervenções. Desde intervenções visando o desenvolvimento de um grupo, a sua transformação em uma equipe, até procedimentos específicos para o desenvolvimento de habilidades de concentração e motivação. Para o trabalho de desenvolvimento de grupos pode-se utilizar de dinâmicas de grupo temáticas e estruturadas, reuniões e palestras. Em todos os casos, do trabalho com grupos até as habilidades específicas, pode-se intervir no desempenho de modo direto ou indireto. Isto significa que os comportamentos-alvo das intervenções podem ser o próprio desempenho em competições como comportamentos relativos ao preparo para as mesmas. Em um ambiente marcado pela objetividade (os resultados esportivos são expressos em termos numéricos), não podemos deixar de considerar que de alguma forma é necessário pensar em formas de avaliar a intervenção psicológica.
Vários outros segmentos da psicologia têm influenciado a Psicologia do Esporte na medida em que contribuem para a ampliação do conhecimento dos fenômenos psicológicos que englobam a atividade esportiva. Entre eles, a psicologia social, a do desenvolvimento, a clínica, a experimental, a organizacional, a da personalidade e a educacional (Weinberg, 2001).
Campos da Psicologia do Esporte
Psicologia do Esporte reúne profissionais e pesquisadores de diferentes campos como: Psicologia, Educação Física, Sociologia, Antropologia, Psicanálise, Fisioterapia, Filosofia, Administração e Economia. Campo que pode ser clivado em dois ramos distintos de atuação: num deles estaria a Psicologia do Esporte acadêmica, que tem seu interesse primordial voltado para a ciência e o ensino; no segundo se encontraria a Psicologia do Esporte aplicada ou prática (psicodiagnóstico, intervenções, etc.). Apesar disso, só recentemente passou a integrar as grades curriculares de poucos cursos de graduação em Psicologia, mesmo assim como disciplina optativa, ao passo que faz parte das grades curriculares dos cursos de Educação Física como disciplina obrigatória há mais de duas décadas (Freitas, 2003). Demonstrando o bom preparo dos Educadores Físicos para trabalhar nesta área.
Avaliação
O processo de avaliação psicológica no esporte é conhecido como psicodiagnóstico esportivo e está relacionado diretamente com o levantamento de aspectos particulares do atleta ou da relação com a modalidade escolhida. As investigações de caráter diagnóstico têm como objetivo determinar o nível de desenvolvimento de funções e capacidades no atleta com a finalidade de prognosticar os resultados esportivos. No esporte de alto rendimento, o psicodiagnóstico está orientado para a avaliação de características de personalidade do atleta, para o nível de processos psíquicos, os estados emocionais em situação de treinamento e competição e as relações interpessoais. Com o resultado do diagnóstico pode-se chegar a conclusões referentes a algumas particularidades pessoais ou grupais que oferecem subsídios para se fazer uma seleção de novos atletas para uma equipe, para mudar o processo de treinamento, individualizar a preparação técnico-tática, escolher a estratégia e a tática de conduta em uma competição e otimizar os estados psíquicos.
Os métodos utilizados para esse fim podem ser tanto da categoria de análise de particularidades de processos psíquicos nos quais se enquadram os processos sensórios, sensório-motores, de pensamento, mnemônicos e volitivos como os de ordem psicossociais nos quais são estudadas as particularidades psicológicas de um grupo esportivo, buscando revelar e explicar sua dinâmica (Comissão de Esporte do CRP-SP, 2000).
Esporte
“O esporte tem agregado em torno de si um número cada vez maior de áreas de pesquisa, constituindo as chamadas Ciências do Esporte, compostas por disciplinas como antropologia, filosofia, psicologia e sociologia do esporte, no que se refere à área sócio-cultural, incluindo também a medicina, fisiologia e biomecânica do esporte (V. Bracht, 1995), demonstrando uma tendência – e uma necessidade – à interdisciplinaridade. Essa tendência, contudo, não representa uma prática interdisciplinar, ainda, uma vez que as diversas sub-áreas convivem enquanto soma, mas não em relação, fazendo com que as Ciências do Esporte vivam hoje um estágio denominado ‘pluridisciplinar’.
No caso das modalidades individuais, em que o foco da intervenção é o próprio atleta e sua atuação, atividades voltadas para a concentração, o controle da ansiedade e o manejo das variáveis ambientais costumam ser os principais objetivos da intervenção psicológica. No entanto, a forma e o tempo que esse trabalho levará para ser desenvolvido irão variar conforme o referencial teórico do psicólogo que o aplica. As práticas podem envolver visualização, relaxamento, modelagem de comportamento, análise verbal, inversão de papéis, técnicas expressivas ou corporais.
No caso das modalidades coletivas o foco da intervenção recai sobre as relações grupais, a formação de vínculo e organização de liderança, e aqui também a diversidade de procedimentos é grande. São amplamente utilizados os jogos dramáticos advindos do psicodrama, o desenvolvimento de autoconhecimento por meio das técnicas de senso-percepção, bem como procedimentos verbais originários da psicanálise de grupos.
A conduta de um atleta dentro de uma nova equipe não será, necessariamente, a mesma que tinha na equipe anterior, uma vez que o ambiente e os companheiros de equipe são outros (Weinberg, 2001). Desta forma, é importante, além de uma avaliação individual, um exame grupal para que o psicólogo entenda a dinâmica do grupo com que irá atuar.
Desempenho do atleta
Em relação à melhora do desempenho, os aspectos trabalhados são; planejamento, propriocepção e concentração.
No planejamento, os objetivos são definidos através de uma análise das condições ambientais, de forma que as tarefas propostas sejam reforçadoras.
Em relação à propriocepção o objetivo é ensinar o atleta a discriminar o que está acontecendo neste sistema que transmite a estimulação dos músculos, articulações e tendões do esqueleto e de outros órgãos envolvidos na execução do movimento. Aprender a discriminar o que está acontecendo neste sistema, isto é se aumentado a propriocepção, tem se melhores condições de organizar os esforços necessários para a atuação esportiva.
O trabalho de concentração visa ensinar o atleta a focalizar a atenção naquilo que é relevante. Para isso o atleta tem que saber o que é relevante no seu esporte e o que é relevante para ele no momento da competição. Neste contexto o psicólogo do esporte vai ensinar o atleta a se comportar de maneira mais eficaz sob determinadas condições. Vai ensiná-lo como, aonde, com que intensidade, por quanto tempo se concentrar. Trabalhar a concentração é fundamental, já que ela varia de esporte para esporte e,
Dar aos atletas respaldo psicológico é tão importante quanto lhes fornecer uma alimentação balanceada, programada por nutricionistas. Afinal, o corpo físico e o mental são as duas faces de uma mesma unidade e merecem a igual atenção.
Cuidar do corpo significa também percebê-lo como um todo unificado, do qual fazem parte emoções e estruturas mentais. O papel do psicólogo responsável pela saúde psíquica de um time se desenvolve a partir de uma abordagem das emoções vivenciadas pelos jogadores em sua rotina de trabalho (Franco, 2000).
Bibliografia
Bracht, V. (1995) Mas, afinal, o que estamos perguntando com a pergunta “o que é Educação Física?”.Movimento. v. 2, n. 2, 1995.
Comissão de Esporte do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (2000). A avaliação psicológica no esporte ou os perigos da normatização e da normalização. In RUBIO, K. (org.). Psicologia do Esporte: interfaces, pesquisa e intervenção. São Paulo: Casa do Psicólogo,
European Federation of Sport Psychology (1996). Position Statement of the European Federation of Sport Psychology (FEPSAC): definition of Sport Psychology. The Sport Psychologist. 10, 221-223
Franco, G.S. , (2000). Psicologia no esporte e na atividade física. Manole
Freitas, M A., (2005) De comportamental à social: novos caminhos da psicologia do esporte no Brasil. http://www.efdeportes.com/ Revista Digital: EF y Deportes - Buenos Aires Ano 9 - N° 65 - Outubro de 2003 - visualizado em 20/08/2005
Gill, D. L. (1979). The prediction of group motor performance from individual member abilities. Journal of Motor Behavior, 11, 113-122.
Weinberg, R.; Gould, D. . (2001) Fundamentos da psicologia do esporte e do exercício. São Paulo : Artmed Weinberg, RS Psicologia do esporte e do exercício. Artmed, 2001
Por Eliane Jany Barbanti
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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Psicólogo do Esporte

Tratando especificamente de atuação é já bastante difundido o papel do psicólogo no que se refere ao comprometimento com a ética e a saúde das pessoas com as quais trabalha. No caso da psicologia do esporte tal compromisso deve ser mantido como um princípio norteador para suas ações. Porém, esta é só uma parte do caminho na medida em que a atuação do psicólogo deve estar direcionada, também, para os objetivos da prática esportiva. No caso das práticas de atividade física que visam ou deveriam visar a saúde dos praticantes como meta principal (esporte escolar, reabilitação e lazer), a concatenação da intervenção psicológica com a prática em si parece fácil e natural. No caso do esporte de rendimento esta conjunção não é tão simples assim.
Funções do Psicólogo do Esporte
O psicólogo do esporte exerce algumas funções básicas, sendo elas:
- Investigadora: lida com os processos psicológicos básicos aplicados a atividade física;
- Educativa: lida com a questão dos princípios e das técnicas psicológicas, ou seja, cursos e seminários para atletas, técnicos e árbitros...;
- Clínica: lida diretamente com os problemas psicológicos (patologias) que interferem na prática esportiva.
O Psicólogo do esporte pode trabalhar através de diferentes elementos: pesquisa, ensino e intervenção.
-A pesquisa na área é realizada com a intenção de desenvolver uma teoria da ação esportiva, de estudar procedimentos diagnósticos e de investigar medidas adequadas de intervenção psicológica.
- O ensino tem como princípio básico à questão da comunicação, que acaba sendo a melhor forma de entender os mecanismos de relacionamento técnico/atleta. Além disso, tem como finalidade, transmitir conhecimentos e capacidades psíquicas para a educação prática no esporte e metodologia de pesquisa em Psicologia.
-A intervenção é permitida apenas para os indivíduos com formação específica em Psicologia. Funciona como um acompanhamento psicológico, buscando foco em uma meta específica que auxilia na orientação e direcionamento da regulação psíquica do atleta, o que proporciona o desenvolvimento da autoconfiança para o enfrentamento necessário antes, durante e após as competições. O psicólogo que trabalha no esporte deve conhecer o fator primordial da área: a competição. Todas as ações, de todos os profissionais envolvidos, devem estar voltadas para a obtenção dos melhores resultados possíveis nas competições. E não deve ser diferente para o psicólogo. Neste sentido a intervenção psicológica deve estar direcionada para a obtenção dos resultados, de forma integrada aos outros tipos de preparo (físico, nutricional, técnico-tático). Portanto o psicólogo necessita conhecer os tipos de competição e de preparo para elas, na (s) modalidade (s) trabalhada. Além disso, diferentes tipos de modalidades e de competições apresentam diferentes exigências para os atletas. É preciso conhecê-las muito bem para saber o que deverá ser esperado dos atletas e, aí sim, propor intervenções específicas e adequadas. Nesse tipo de trabalho o psicólogo trabalha muito com todos os outros envolvidos na qualidade de rendimento que o atleta possa oferecer, é altamente multidisciplinar envolvendo médicos, fisioterapeutas, técnicos, pesquisadores. Claro que a priori o objetivo é fazer com que o atleta de a melhor resposta possível no campo, piscina ou quadra. Seu corpo e mente em equilíbrio trabalhando em comunhão para alta performance.
Para os psicólogos amantes do esporte é uma carreira maravilhosa, como é nova também é cheia de opções, caminhos a serem conquistados, estudos a serem feitos, áreas de trabalho
Áreas de atuação do Psicólogo do Esporte
Falando um pouco sobre as áreas de atuação do psicólogo do esporte, são elas:
- Esporte escolar: visa a análise e compreensão dos processos de ensino, formação e educação da criança. O psicólogo funciona como um mediador na relação e interação professor/aluno/pais;
- Esporte recreativo ou de tempo livre: busca o estudo e intervenção sobre a prática de atividades físicas desenvolvidas em tempo livre, visando à análise do comportamento recreativo dos grupos de diferentes faixas etárias;
- Esporte de alto rendimento: visa basicamente a atuação sobre os fatores que influenciam diretamente na questão da performance e desempenho do atleta e/ou equipe. Cabe ao Psicólogo observar as condições institucionais, grupais e individuais;
- Projetos Sociais: é necessário conhecer as questões culturais da instituição, para que se possa avaliar e desenvolver noções básicas de cidadania, dentro da demanda da instituição.
-Reabilitação: é voltada para a prática de atividade física esportiva para indivíduos com certas limitações (ex: atleta lesionado). Tem como finalidade principal, a promoção da saúde do indivíduo. A idéia é proporcionar a regulação psíquica do indivíduo através da conduta esportiva.

Nupsea